domingo, 28 de fevereiro de 2010

Vancouver 2010.

Assisti pela TV, com emoção e deslumbramento, grande parte dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Vancouver, no Canadá.


Devo registrar, lamentavelmente, um episódio que manchou a abertura dos jogos.

O trágico acidente envolvendo o georgiano Nodar Kumaritashvili, de 21 anos de idade, que morreu após perder o controle de seu trenó numa prova de luge. Ele saiu da pista em alta velocidade, e bateu contra um pilar.

Calcula-se que no momento do acidente Kumaritashvili ia desenvolvia uma velocidade de quase 145 kms/h. Sabe-se que mais de 12 atletas se machucaram nesta pista em meio aos preparativos para os Jogos.

Dentre as modalidades disputadas uma chamou atenção pela beleza de seu conjunto: a patinação artística na pista de patinação do Pacific Coliseum.

Simplesmente fantástico.

Uma perfeição indiscutível o nível técnico dos competidores tanto em duplas como em apresentação individual. A harmonia entre a música e a coreografia era de uma leveza e graciosidade exuberantes.

Os competidores realizavam passos e manobras que desafiavam a própria lei da gravidade.

As duplas assemelhavam-se a engrenagens de um relógio de alta precisão.

Algumas personagens arrebataram os corações de quem estava assistindo ao vivo e ao redor do mundo pela transmissão televisiva.

Destaque para a medalha de ouro a coreana Kim YU NA, medalha de prata a Japonesa MAO ASADA, (que carinhosamente e por brincadeira apelidei de CARNE CRUA); a canadense Joannie Rochette, medalha de bronze cuja mãe, Therese Rochette, faleceu de um mal súbito ao desembarcar em Vancouver para assistir a apresentação da filha.

O americano Evan Lysacek, medalha de ouro masculino. Destaque para a dupla Tessa Virtue e Scott Moir, medalha de ouro na dança.

Finalmente foi um espetáculo imperdível bonito e divertido.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A idade.

Ando meio escabreado com essa coisa de se querer classificar a idade.


Idade de ouro, terceira idade, cidade avançada, meia idade.

Será que existe a idade de prata, de chumbo?

Se há a terceira idade qual será a quarta, a quinta etc. etc.

Idade avançada de que? E a idade atrasada?

Meia idade? Metade de que?

A longevidade não é uma marca estacionária.

A expectativa de vida do brasileiro em 1940 era algo em torno de 42 anos, atualmente a Tábua de vida do IBGE registra uma média nacional de 73 anos. Quase o dobro. Onde fica a meia idade?

A idade cronológica, via de regra, acompanha a idade física.

Essa paridade, entretanto, varia de pessoa para pessoa.

É certo que com o passar dos anos o processo de oxidação celular interfere no comportamento das pessoas, agregando a flacidez muscular diminuindo a mobilidade, provoca desgastes na memória e demais funções orgânicas.

A natureza é pródiga. Tudo tem começo meio e fim.

O que não se deve é se deixar vencer porque atingiu uma determinada idade.

Deixar de fazer algo com receio do ridículo por conta de sua idade.

Ora bolas! A idade que se dane. Se você pode fazer, faça-o.

Agora o que não se deve é se entregar à lassidão, à inércia.

Ocupe-se. Leia, escreva, cante, pinte, borde, faça qualquer coisa.

Já se disse que uma mente vazia é oficina do diabo e o nome do diabo é Alzheimer.

Portanto, homens e mulheres deste planeta, determinem sua independência.

Usem seu direito de ser feliz. Arrependam-se pelo que deixaram de fazer, nunca pelo que fizeram..

É preferível errar por excessos que por falta, pois a vida é uma festa que agente chega depois que começou e sai antes de acabar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

As rodovias da Paraíba

A malha rodoviária estadual representa o maior ativo, em valor individual, existente no Estado.


O conjunto dos componentes desse sistema representado por rodovias, obras d’arte correntes e especiais, sinalização e drenagem, supera, em valor real, os outros investimentos dos demais sistemas como: abastecimento d’água, esgotos, comunicação, energia elétrica e instalações portuárias.

O território paraibano é atendido por uma malha rodoviária que totaliza 35.410 km, nas três esferas de governo. A malha estadual é composta por 2.321 km de rodovias.

Levando-se em conta os preços dos serviços atualizados para o momento atual e descontando-se o valor da degradação dos pavimentos estima-se o valor desse patrimônio em um bilhão de Reais.

Considerando este dado infere-se a real necessidade de implantação de um programa de recuperação e manutenção de rodovias de tão valioso patrimônio.

Um programa de conservação de rodovias além de zelar uma riqueza considerável proporciona um benefício direto para os usuários com redução dos tempos de percurso e do custo dos transportes.

Segundo pesquisas, a degradação da malha rodoviária acarreta um aumento dos custos operacionais de transporte da ordem de 40%, gastos adicionais com combustíveis de até 60% e tempos de viagem superiores em até 100%, que no final, acaba refletindo no aumento do preço dos produtos.

No Governo Cássio foi implantado um programa denominado Novos Caminhos.

Este programa pretendia pavimentar 649,8 km de rodovias e restaurar 369 km, além de um programa de fortalecimento institucional do DER dotando-o de condições adequadas para prover a manutenção do importante segmento.

Os recursos necessários ao financiamento estavam sendo alocados pelo Tesouro Estadual 35,3% e de um empréstimo internacional garantido pela CAF - Corporação Andina de Fomento. Uma agência internacional formada por 13 países andinos dos quais o Brasil é membro.

O total do programa significava investimentos que totalizavam 154,56 milhões de dólares.

A aprovação de um empréstimo dessa natureza prescinde um elenco de pré-requisitos a começar pela regularidade fiscal do Estado, a comprovação de seu limite de endividamento. É uma operação complexa e envolve a cumplicidade da União que atua como avalista.

Atuei, durante dois anos, como gestor deste Programa no governo Cássio. Percorremos toda “via crucis” ministerial e aprovamos a operação em todas as instâncias.

No dia 19 de fevereiro de 2009 foi agendada, em Brasília, uma reunião para assinatura do contrato com a participação das autoridades brasileiras, a diretoria do Banco e o Governo do Estado da Paraíba.

No dia 17 de fevereiro, dois dias antes, o Governador Cássio foi cassado.

Isto é, a bola estava na marca do pênalti, o goleiro fora da trave, bastava só um chute para marcar o gol. Veio Maranhão, chutou e marcou o gol.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O brinquedo refugado.

Foco a essência das coisas para identificar seu valor intrínseco.


A aparência, a consistência, a densidade, o odor, o brilho, são características importantes para agregar valor, mas não são fundamentais.

O fundamental é subjetivo.

A subjetividade remete aos sentimentos.

Que sensação lhe causa determinado objeto? Como você se identifica com ele? Quais as lembranças que ele lhe traz? Em quais circunstâncias foi adquirido?

As respostas a essas perguntas trazem à tona e descortinam o valor real do objeto possuído.

A mentalidade estereotipada disseminada na geração Shopping Center subtrai esses valores e se deixa levar pela força do apelo comercial das grifes e do modismo.

Uma amiga presenteou a filha de onze anos com um cubo mágico.

Pensou tratar-se de um presente diferente criativo e pedagógico com uma dupla função de divertir e desenvolver a acuidade e o raciocínio.

Enorme foi sua surpresa com a rejeição demonstrada pela filha ao objeto presenteado.

- Mãe que coisa mais quadrada!

É exatamente isso que acontece com a maioria de nossos filhos.

Infelizmente para satisfação de nossos jovens o presente deve ser escolhido nas listas apregoadas pelo ranking das grandes marcas e de preferência algo que se relacione à produção de sua aparência física. Uma camisa, uma calça, um calçado, um perfume, desde que de uma famosa grife.

A televisão é o principal veículo responsável pela inversão desses valores. Por outro lado, há pais que estimulam este tipo de comportamento.

Resulta uma sociedade de vícios e pobre de espírito que cultiva a lei da vantagem.

O vazio é uma constante nas cabeças de nossos jovens. Realçam o supérfluo e rejeitam o que é substantivo. Basta ver os despautérios que escrevem nas provas do ENEM.

Urge, portanto estabelecer uma trincheira nas escolas, nas universidades, em casa, para reversão deste quadro.

A responsabilidade é dos educadores e principalmente dos pais.

A educação é a única saída para plasmar consciências e oferecer alternativas que conduzam a uma sociedade mais justa.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mais um.

O galinho de Chanteclair mais uma vez destila sua bílis peçonhenta e reafirma seu comportamento já do conhecimento geral. Ególatra céptico exercita sua índole: Eu sou o centro de gravidade de tudo que existe, eu decido, eu posso, eu mando.


Vejamos por exemplo o recente affaire envolvendo o Suplente de Senador Carlos Dunga.

O Senador Dunga divulgou uma carta expondo as razões de sua renúncia à postulação do cargo de vice governador na chapa do PSB.

A carta não expõe as razões de sua irrevogável decisão, mas é do domínio público que o xis do problema foi o desapreço e arrogância demonstrados pelo pré candidato Ricardo Coutinho nas negociações preliminares.

Nas sondagens para uma possível composição política o “todo poderoso” RC evita uma conversa pessoal com Dunga e manda um recado por intermédio de um assessor de quinto escalão.

- Carlos Dunga é mais um. Ele procure um entendimento com o Vice Prefeito Luciano Agra.

A reação de Carlos Dunga não poderia ser outra. Afinal quem ostenta um currículo político de Prefeito, Deputado Estadual por quatro legislaturas, duas vezes Deputado Federal, Suplente de Senador, duas vezes Presidente da Assembléia, Governador interino, Secretário de Estado, tem densidade política e merece um tratamento diferenciado. Não pode ser considerado mais um.

Ninguém se engane, na realidade Ricardo já tem seu candidato “in pectoris”. Este filme já passou. Desta feita o egoísmo suplantou a razão e ele perde um apoio político de peso significativo com a saída de Carlos Dunga.

Quando a mente do ególatra fica embotada ele não percebe os acontecimentos que o margeiam. Sua visão periférica é aniquilada.

Permanecendo RC com este comportamento que é próprio de sua natureza a sua candidatura começa um declínio e ele poderá amargar, derrotado nas eleições, um grande período de ostracismo político.

Quem viver verá.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O nome da neta.

(19.02.2010)


Luisa, Alice, Olga, Isadora ou outro nome que venha a ter, não importa. O que importa é que minha netinha completa hoje exatamente 12 semanas de vida intra-uterina. Um raio de luz, um sopro de vida, uma expectativa.

É o que revela a ultrasonografia realizada ontem em minha querida nora Beatriz.

O resultado do exame além de satisfazer à curiosidade de todos quanto ao sexo do concepto fornece dados importantes sobre o “status” do feto, sua posição, batimentos cardíacos, entre outros.

Por outro lado pode-se inferir um raciocínio: você ainda não nasceu e já está sendo investigado por um recurso tecnológico que para o médico tem uma função prática agindo como um norte, um indicador e para os leigos é meramente especulativo.

Até agora percorremos 1/3 da caminhada. Até o nascimento faltam ainda 24 semanas quando acontecerá o grande dia em que ela nos cobrirá de emoção e da alegria tão esperada.

Os pais recrudescem uma garimpagem frenética para escolha do nome. Os avôs, os tios, os amigos próximos, todos opinam. A cada sugestão um argumento e a cada argumento um senão. Uma disputa na qual o maior interessado não participa.

É assim, sempre foi assim e assim sempre será.

Todos nós te aguardamos, ansiosamente, com muito amor.

Bem-vinda sejas Luisa, Alice, Olga ou Isadora.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval em Baia Formosa.

O carnaval é uma festa de excessos onde quase tudo é permitido.


As pessoas se desnudam, se descontraem, mostram-se criativas com licenciosidades nunca dantes manifestadas. Exorcizam os preconceitos e assumem múltiplas personalidades livres dos sensores ditados pelo pacto social. Divertem-se, bebem, se fantasiam, tudo com a licença permitida no tríduo momesco. Caro nihil valet, ou seja, a carne nada vale. Etimologicamente o carnaval, considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Chegou ao Brasil por volta do século XVII.Origina-se no entrudo português, onde no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e ferinha. O entrudo acontecia num período anterior à quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade e este sentido permanece até os dias atuais.

Fugindo dos atropelos e das multidões optamos por um carnaval diferente na maravilhosa praia de Baia Formosa, no litoral Potiguar.

Na receita do encontro não cabia o insucesso.

Comida farta e whisky honesto, na companhia de um grupo de amigos fraternos, Daniel, Dineuza, Escorel, Socorro, Fernando, Jeane e Marilda, além de Guga meu primogênito e Merinha minha mulher, nos alinhamos à vizinhança embalados com a mesma euforia. Compartilhamos o excesso com moderação, se isto é possível.

Um destaque especial para duas irreverentes agremiações: o bloco das Quengas e o bloco das Fraldinhas, muito criativos e com as características próprias do gênero. Foi um “improviso organizado” mais salutar e prazeroso que desfrutei nos últimos carnavais.

Valeu e foi muito bom enquanto durou.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Codorna ao molho de laranja.

Depois de longo fastio retorno às minhas lides matinais.


Pra começar adianto que meu carnaval transcorreu num clima um pouco heterodoxo mixando a folia com a culinária.

A arte culinária é uma ciência difundida e apreciada mundialmente porém dominada por poucos iluminados.

Um pão de cenoura, um peni ao molho gorgonzola, são desafios que jamais ousei enfrentar.

A culinária foi justamente a opção escolhida para compor meu carnaval. O palco desta extravagância foi nada mais nada menos que a exuberância e extraordinária beleza de Baia Formosa.

Por falar em Baia Formosa devo confessar que algo se tornou sintomático toda vez que aporto essa praia me entrego a devaneios e permissividades nunca dantes experimentados.

É o caso, por exemplo, desta investida. Não sei explicar a razão, pois a culinária nunca foi minha praia. Talvez possa atribuir ao aconchego dos meus amigos anfitriões Escorel (Humberto) e Socorro cuja solicitude e cortesia dispensam qualquer comentário.

Vamos então ao prato selecionado. Codorna ao molho de laranja.

Os ingredientes são além da codorna, precioso exemplar da fauna brasileira, a laranja, mostarda, margarina e molho Shoyu.

O preparo teve a supervisão e receita da “chef” Dineuza Carneiro, atualmente a mais forte concorrente de Ana Maria Braga.

O resultado é absolutamente indescritível.

O prato é digno de figurar nos cardápios mais sofisticados do mundo. O sabor e apresentação são compatíveis com os melhores pratos da cozinha internacional. Uma perfeição que se aproxima do maná divino.

Aleluia!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Carta a Sudenil.

Caro amigo Sudenil,


Vejo que você trocou os KVA´s dos transformadores pelos HP´s dos veículos.

Isso não constitui nenhum problema para uma inteligência privilegiada como a sua.

Como temos um hábito comum de gostar das coisas bem acertadinhas me animo em descrever-lhe minha recente experiência com a troca de minha carteira de habilitação.

A questão do trânsito sempre foi uma questão mal resolvida neste País.

Em que pese o crescimento vertiginoso da frota de veículos, ano a ano, e a estagnação das vias de circulação que não crescem na mesma proporcionalidade para acolher o fluxo demandado, há que se considerar a questão principal que é a questão cultural e despreparo dos condutores e também de alguns equívocos inseridos no próprio código nacional de trânsito.

Observe por exemplo a questão da renovação da carteira de habilitação.

Você tem que se submeter a um teste onde é questionado sobre questões secundárias de sinalização e normas de circulação.

Julgo esta providência uma inversão de prioridade.

Considere por exemplo um indivíduo com setenta anos, como é o meu caso, que dirige ha mais de cinqüenta anos, que seria mais importante, saber se ele conhece o que significa segmento de tráfego, transposição de faixa, balanço traseiro, ou conhecer como andam seus reflexos, sua acuidade, mobilidade. O que é mais importante testar seus conhecimentos sobre sinalização que ele vem demonstrando ha décadas ou sua acuidade. Estes sim são atributos importantes que se devem avaliar no idoso.

Pasme. Em nenhum momento fui avaliado ou analisado quanto aos meus reflexos.

Quais são minhas reais possibilidades ao enfrentar as adversidades na condução de um veículo? É importante conhecer ou não é?

Estabelece-se uma inversão de valores nas prioridades que considero falhas do nosso código.

Por outro lado os agentes de trânsito parecem treinados para uma função mais de aplicação de multas do que para ordenar o trânsito fazendo-o fluir com celeridade e segurança. Procuram posições estratégicas camuflados para flagrarem os infratores. Não esboçam o menor gesto ou nenhuma providência voltada para a educação e uma mudança de mentalidade dos condutores. A preocupação é multar.

Ainda temos que amadurecer muito tanto usuários como os agentes do trânsito para alcançar um sistema eficaz e bem sucedido.

No mais aceite meu efusivo abraço.

Do amigo de sempre

Maurício.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

De olho no retrovisor.

Não entendo porque o Presidente Lula insiste em olhar para o retrovisor.

Em que pesem os índices de popularidade, uma fala aqui outra acolá, ele retoma o paralelo entre seu governo e o do seu antecessor Fernando Henrique. É uma constante no discurso presidencial negar o que de bom foi feito e apoderar-se de tudo que herdou como se fosse de sua autoria.

“Estou cada vez mais convencido que nunca na história desse País...”. É o intróito para as tempestuosas críticas do Presidente ao governo anterior com destaque para a privatização das estatais e a política social, tudo com uma pitada de autoritarismo “O Brasil sou eu”, como a parafrasear o Rei Luis XIV, da França com a famosa máxima “L´État, cést moi”.

Sobre este assunto meu irmão Cláudio me remete a um texto publicado na Folha de São Paulo, de autoria do ex-presidente FHC , com o título “Sem medo do passado”, onde o sociólogo esclarece os fatos que o PT tenta obscurecer e desmistifica a natureza redentora e salvacionista do Governo Lula.

O Ex-Presidente lembra os benefícios oriundos da estabilização da moeda e da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES e da modernização da Petrobrás.

Sobre as críticas à privatização FHC argumenta com um elenco de providências estruturantes do seu governo que contribuíram para empurrar o País na direção do desenvolvimento.

Como a Petrobrás que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada com a flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal.

Lembrou o fortalecimento do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, libertada da “politicagem”. Ainda os ganhos auferidos com a privatização do sistema Telebrás com expressivas vantagens para o povo brasileiro.

Acrescenta que a privatização da Vale resultou no pagamento de impostos ao governo muitas vezes superior aos dividendos auferidos quando a empresa era estatal.

A Embraer, hoje orgulho nacional, só alcançou o prestígio que hoje desfruta depois de privatizada.

Reclama às críticas à política social do PSDB. Segundo FHC o Real diminuiu a população pobre de 35% para 28% do total. Este índice continuou caindo até chegar a 18%, já sob Lula, graças ao efeito acumulado de políticas sociais e econômicas antes adotadas.

Esclarece que os programas de transferência de renda (Bolsa Família) não são obras do “galinho de Chanteclair” como apregoam os lulistas. Começaram em Campinas e no distrito Federal e ganharam abrangência nacional no seu governo.

O ex-presidente conclui com uma sentença: Eleições não se ganham com o retrovisor.

Julgo que o sociólogo está coberto de razão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cássio segundo Chico

Depois de longa ausência retorno a encontrar meu amigo Chico Ferreira.

No seu atelier me deparo com duas novidades: um carro novo para suas viagens a Catolé e nos braços de CAmila a maravilhosa Capitu, sua recém nascida linda de olhos profundos e inexplicáveis como a personagem criada por Machado de Assis.

Entre um cafezinho e outro conversamos amenidades e também sobre política.

Chico além de excelente artista plástico é também um analista político de fazer inveja aos profissionais do ramo.

O pleito de 2010 está emergindo e a campanha já está nas ruas. No plano estadual teremos uma disputa tripartite concorrendo O “fenômeno” Ricardo, Zé Maranhão “o mestre de obras” e o “Caboclinho” Cícero Lucena.

Aqui entra a teoria de Chico tem uma lógica que não pode ser menosprezada.

- Maurício não se engane não. Os Cunha Lima não dão murro em ponta de faca. Todo esse imbróglio é trama de Cássio. Para ele é melhor que agora ganhe Maranhão que só passará mais quatro anos no Governo. Cássio não subirá no palanque de Ricardo uma vez que seu partido tem um candidato que é Cícero.

As chances de Ricardo ficam reduzidas considerando além do mais que ele não tem densidade eleitoral no interior do Estado e seu maior reduto, João Pessoa, será minado sendo o eleitorado dividido por três. Ricardo ficará sem mandato oito anos e um político sem mandato é melancia de beira de estrada, jornal de ontem.

Ele, Cássio, se elegerá senador com facilidade e daqui a quatro anos volta como Governador.

Será, Chico?