quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dia das Mães.

Não sei se traído pela memória ou por não ser muito adepto das comemorações aos dias disso dia daquilo, esqueci de manifestar-me no dia das mães.

A cobrança da minha mulher foi imediata com direito a replay.

Argumento que prefiro homenageá-la todo dia e não somente nos dias das mães. Pelo visto a explicação não surtiu efeito.

A propósito dessas comemorações me dei conta de uma curiosa cultura inútil.

Pra tudo quanto é atividade existe um dia do ano específico para sua homenagem e comemoração.

Dia dos pais, dia das mães, dia do Índio, dia do soldado, dia da mentira, dia da sogra, dia do engenheiro, do estudante, dia do médico, dia da Independência, dia das bruxas, dia do orgulho gay, dia do hetero, dia da mulher, dia do livro, dia do amigo, dos nerds, dia dos namorados, dia do professor, dia da uva, dia da saudade, dia da árvore, dia da colheita, dia da consciência negra, dia da amizade.

Contabilizando-se todos os eventos facilmente se constata que existem muitas homenagens para poucos dias.

Existem umas corruptelas não incluídas nesse contexto dia D, dia do Fico, dia de Cão.

Infere-se que deve haver um compartilhamento. Isto é, o gay divide suas homenagens com o hetero, a mentira com o amigo, a independência com a mulher, ação de graças com o professor, os nerds com o estudante, as bruxas com a sogra e por ai vai.

Vou parar por aqui para um ligeiro descanso que amanhã é sexta, dia de embalo.

domingo, 23 de maio de 2010

Faça sua parte.

Algumas vezes assistimos a reação popular com objetivo de efetuar mudanças de ordem social ou política.


Assim foi com o movimento das Diretas Já, dos caras pintadas, e outros.

Recentemente participamos ativamente das manifestações do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) de apoio ao Projeto Ficha Limpa.

Foi um movimento autêntico que culminou com a votação vitoriosa do Projeto nas duas casas legislativas. Demonstrou mais uma vez que o povo unido jamais será vencido, como dizia o saudoso Tancredo Neves.

Em todos os recantos do País houve uma reação em massa e conseguiu-se a adesão de mais de 1,6 milhões de eleitores.

O Projeto aprovado na Câmara e no Senado e vai agora à sanção presidencial.

Entretanto, como soe acontecer com as medidas de moralização, políticos inescrupulosos e prejudicados com o novo dispositivo tentam inviabilizar a Lei com toda espécie de subterfúgio.

Paira um no ar um sentimento de frustração que rodeia a sociedade indignada.

Juristas a serviço da corrupção tentam de todas as formas encontrar uma maneira de ludibriar a Lei isentando os fichas sujas.

A bola da vez é a questão da flexão verbal utilizada no texto da Lei.

Pelo amor de Deus a questão não é gramatical. É uma questão de ética.

Assim como a sociedade organizada teve a iniciativa da proposição não pode admitir, de forma alguma, que a vaca vá pro brejo. Temos que unir as mesmas forças populares e lutar pela moralidade evitando que se transforme a Lei do Ficha Limpa em mais uma lei que não deu certo.

Cada um de nós tem a responsabilidade patriótica de levantar essa bandeira manifestando-se através dos meios de comunicação e de pressão junto aos nossos parlamentares.

Não se omita, faça sua parte.

sábado, 22 de maio de 2010

Os que foram ou os que forem.

“No princípio era o Verbo. Depois, veio o sujeito e os outros predicados: os objetos, os adjuntos, os complementos, os agentes, essas coisas. E Deus ficou contente. Era a primeira oração.” (Eno Teodoro Wanke)

Na religião verbo significa a sabedoria eterna, agora, aqui entre nós, ele o verbo, é o grande vilão da história.

Retomando o comentário sobre a eficácia da Lei Ficha Limpa acho que acertei na mosca.

Os subterfúgios estão tomando forma muito antes do esperado.

Agora é o tempo do verbo posto no texto da Lei. Questiona-se a intenção dos legisladores quanto à flexão usada. Particípio passado ou futuro do subjuntivo?

To be or not to be that is the question.

A dúvida Shakespeariana da lugar à nova questão:

“Os que foram...” ou “Os que forem...” Isto nos leva a uma conjectura surrealista.

A natureza do crime é temporal.

Isto é se o delito foi praticado ontem é aceitável e permitido se for praticado a partir de hoje é passível de pena.

Tudo aconteceu num curto trajeto burocrático entre o côncavo e o convexo. Isto é, entre a Câmara e o Senado o Projeto sofreu modificações no texto original.

Não foram emendas substantivas, mas o suficiente para anexar dúvidas na interpretação da Lei.

Tudo ardilosamente engendrado para sacanear a paciência de todo mundo e confundir a opinião pública.

É o resultado de quem legisla em causa própria.

Como disse o ex-ministro e consagrado constitucionalista Torquato Jardim a lei eleitoral é o único elo do Direito onde as normas são elaboradas por seus próprios destinatários.

É a raposa tomando conta do galinheiro.

Por esta razão a lei é um placebo. Um engodo coletivo maquiavelicamente urdido para enganar a sociedade.

O verbo IR, coitado, já tido como verbo anômalo por apresentar profundas irregularidades, será um dos veículos coadjuvantes de transformação da lei em pizza.

Os juristas debruçados nesse imbróglio certamente dele irão obter valiosíssima munição para suas orgias processuais. Abre-se outra vereda para perpetuação da impunidade.

Que coisa louca.

Fui!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Acorrentado.

A manifestação de incentivo com palavras de ordem e aplauso partia do terceiro andar do prédio em frente ao que estacionei.


Num final de tarde no início da semana que passou estacionei meu carro em frente a uma clínica, em Manaíra.

O proprietário do estabelecimento costuma, ao final do expediente, fechar a frente da clínica, na calçada, com grades de ferro removíveis. Não sei até que ponto esta prática é consentida pelo código de postura municipal.

Meu carro impediu a colocação de uma dessas grades. Um empregado da clínica encarregado dessa operação talvez frustrado e incomodado com a posição do meu veículo reagiu estabanadamente.

Simplesmente utilizou uma corrente de ferro e entrelaçou-a envolvendo várias partes do meu veículo, pelas rodas, pelo eixo e outros componentes impedindo qualquer movimento, para frente ou para trás

Não estou bem certo se a forma como estacionei infringiu alguma norma ou direito de terceiros, mas mesmo que eu estivesse errado isto não dava o direito ao empregado de agir como fez. No mínimo ele deveria investigar junto aos vizinhos sobre a propriedade do veículo.

Tentei de várias formas me livrar das amarras que estavam presas ao veículo por dois cadeados. Até pensei talvez chamar a polícia. De pronto desisti desse propósito pensando no tempo que levaria para a chegada dos policiais. Depois de várias tentativas fracassadas consegui um martelo e pude abrir os cadeados e assim me safar.

Resultou que fomos constrangidos eu e minha mulher, durante várias horas impedidos de retornar para casa , foi ameaçada a integridade física do veículo, me foi subtraído, embora temporariamente, meu direito constitucional de ir e vir.

Tudo tão somente fruto da arbitrariedade e da insensatez. Imagino que o empregado agiu sob orientação de seus patrões.

É curioso como certas pessoas fazem as próprias leis ignorando o direito alheio e considerando-se acima da razão acham que podem julgar e punir.

Desconfio que esse caso poderia acolher uma reclamação judicial pelos transtornos passados mas resolvi fazer vista grossa.

O incentivo demonstrado pela moradora do prédio aplaudindo minha reação induz à dedução que não era esta a primeira ocorrência e que aquele absurdo foi praticado outras vezes.

Engrossa o elenco de coisas proibidas e atropelos no trânsito. Agora temos de cuidar de mais uma proibição.

Não bastam os flanelinhas, os que se apossam das zonas de estacionamento da cidade como se delas proprietários fossem, sem falar na azul editada pela administração municipal, os malabaristas dos semáforos, os distribuidores de folders de propaganda, há que se cuidar agora dos donos das calçadas.

Haja saco!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Unanimidade no Senado.

Setenta e seis a zero. Unanimidade!

Foi esse o resultado da votação do projeto chamado “Ficha Limpa” ontem à noite no Senado Federal.

O Projeto Ficha Limpa surgiu de uma iniciativa da sociedade através do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) que reuniu mais de 1,6 milhões de assinaturas de eleitores, a partir de Setembro do ano passado.

A experiência e a prudência nos advertem que ainda não há motivo para comemoração.

Na prática, para que se produzam os efeitos legais, é necessário que se tenha com clareza as respostas a algumas indagações.



Qual o verdadeiro alcance e abrangência dessa nova Lei?



Produzirá efeito já nesta eleição?



Será que é pra valer? Afinal quantas Leis inócuas existem neste País.



Será que os 38% dos Senadores com processos na Justiça vão ser penalizados agora.



Só acredito vendo.

Ainda temos de enfrentar a nova fase do "jus esperniandi".

Choverá dezenas de sofismas e casuísmos.

É inconstitucional...Não pode ser aplicada nesta eleição...Só pode atingir quem tiver sentença passada em julgado...Não pode isso, não pode aquilo...

Não faltarão argumentos. Afinal para que servem os advogados.

Não me causará nenhuma surpresa se aparecer um advogado “Bombril” que encontre remédios jurídicos para limpar as fichas dos prejudicados com processos na justiça.



Os movimentos de defesa e tentativa de escapar dos rigores da nova Lei á começam a se esboçar e cada jurista tem uma interpretação diferente de quando ela começará a vigorar.

Os réus respiram aliviados.

Nem todo Napoleão tem uma Waterloo.

Vamos pagar pra ver.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

CERTO OU ERRADO

Quanto esforço não se faz para fazer ou dizer a coisa certa.

Mas o que é que é certo e por quê?

O que é certo hoje pode não ser amanhã.

Como a moda certos conceitos e tabus de repente se transmutam e o que era pecado passa a ser virtude.

Uma conduta hoje aqui condenável amanhã passa a ser aceitável pela sociedade.

A questão da dieta alimentar por exemplo, é pródiga nesses assuntos. Certos hábitos alimentares contestados por muitos anos de repente passam a ser recomendados pelos nutricionistas.

A ciência evolui, os costumes sofrem influências da globalização e os hábitos se transmutam.

É a roda viva do universo a metamorfose da gênese.

A sociedade de consumo está cheia de regras de comportamento e indicadores que definem o status social, desde a maneira de vestir, as marcas dos bens de consumo, a quantidade de cartões de crédito, tudo endereçado para realçar o supérfluo.

AS coisas importantes são renegadas a segundo plano.

Há também inevitáveis cobranças quanto às habilidades e acessórios culturais de cada indivíduo.

Que língua estrangeira você fala? Quais softwares você domina? Qual seu desempenho nas caminhadas? Qual seu vinho preferido? Você já fez análise?

Se não tiver uma resposta que satisfaça ao interlocutor você corre o risco de ser considerado um extraterrestre.

Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos.

Ninguém é obrigado a gostar de comida japonesa nem a ter uma vida sem carboidratos.

A opinião dos outros é deles. Faça o que como lhe dita a consciência, cuidado com os limites da ética e do bom senso.

Para ser autêntico é preciso exorcizar régua e compasso.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Custo Brasil

Maria Dulce Carneiro é uma amiga que conheci quando trabalhei na Secretaria de Infra Estrutura. Uma pessoa humana de muitas qualidades e de um senso de humor contagiante.

Uma pessoa muito ligada às coisas importantes que acontecem no nosso dia a dia.

Sempre que recebo uma mensagem com sua assinatura de pronto mando ver, pois tenho certeza que é assunto interessante.

Ontem foi um vídeo do Bom Dia Brasil relatando o custo de nossos parlamentares.

Agente sabe, mas não quer lembrar é o caso, por exemplo, de um Senador da República nos custar 33 milhões de Reais por ano ou um Deputado Federal 6,6 milhões de Reais.

Houvesse uma reciprocidade na relação custo benefício ainda vá lá. O pior é que toda essa dinheirama vai custear os acordos escusos, as negociatas do orçamento, os mensalões, e por ai vai.

Não bastam as dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas ainda somos penalizados com estas despesas absurdas que se somam a outras mazelas para aumentar o chamado “Custo Brasil” que encarece os investimentos, dificultam o desenvolvimento e aumentam o desemprego e o trabalho informal.

Nossa Câmara Municipal é composta por 21vereadores. O custo médio mensal desse parlamento mirim, de acordo com as informações inseridas no site da própria Câmara é da ordem de 1,5 milhões por mês. Infere-se que para manter a Casa Epitácio Pessoa o pessoense dispende cerca de 80 mil Reais por mês por cada parlamentar.

Satisfeito?

sábado, 15 de maio de 2010

Ficha-Limpa.

A bruxa anda solta em Brasília.


Ao que parece o pessoal do Governo anda biritando além da conta ou tomando alucinógenos.

Semana passada o ministro Temporão aconselha a se fazer sexo cinco vezes por semana para garantia de uma vida saudável. Nada contra o sexo o problema é conseguir o desempenho sugerido.

Ontem o líder do Governo no Senado, Senador Romero Jucá, fez uma declaração estapafúrdia:

“O projeto Ficha-Limpa é um assunto de interesse da sociedade e não do Governo”

Que declaração infeliz.

Aonde vão se encontrar os interesses do Governo e da sociedade.

Ao que me consta o Governo deve agir única e exclusivamente em função da sociedade.

O Senador Romero Jucá é o líder do Governo Lula. O líder fala pelo Governo e expressa fidedignamente o pensamento e a vontade do Governo. Antes de ser líder há que se considerar que ele foi eleito pelo povo e para representar os anseios do povo.

Por outro lado o Governo deve agir no interesse do povo.

É claro que se o Presidente for questionado sobre a malfadada declaração do seu líder vai negar dizendo que não sabe nada sobre o assunto ou no mínimo que o Jucá falou por ele mesmo e não pelo Governo. Pode esperar.

Esta é a forma de governar de Lula.

Agora vamos ao cerne da questão.

Por que será que o Governo é contra um projeto que visa justamente restaurar a dignidade e a lisura na atividade política.

Por que o líder Jucá é refratário a esta idéia?

O Senador argumenta que o projeto Ficha-Limpa não será votado sob pressão.

Será que ele é ficha suja?

Constata-se no site Transparência Brasil que o zelo do Senador tem haver com o fato dele ser réu em dois processos (Inquéritos nºs 2663 e 2116, ambos no STF) que o incriminam por captação ilícita de votos e crime de responsabilidade, respectivamente.

Graças a Deus falta pouco tempo para revertermos esta situação!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dez razões por que não voto em Dilma.

Me desculpem mais uma vez retomar considerações sobre assuntos políticos.

Todos hão de convir que a questão da eleição é uma de importância fundamental na vida de cada um de nós. Quer se goste ou não de política não há como alijar-se deste processo sob pena de se mergulhar de ponta cabeça na alienação. Por outro lado o voto é um instituto obrigatório.

A eleição mais importante do País está para acontecer dentro em breve quando se elegerá o novo Presidente da República.

Todos temos o livre arbítrio e somos suficientemente livres para uma escolha adequada daquele que julgamos estar melhor preparado para conduzir os destinos de 190 milhões de brasileiros.

Já fiz minha opção fundamentada no decálogo que ofereço à consideração dos meus amigos e que transcrevo a seguir:

1. Fazendo um paralelo, que segundo o Dr. José Américo de Almeida é a melhor forma de julgamento, julgo seu concorrente mais próximo muito mais qualificado para o cargo;

2. Não concordo com o continuísmo por considerá-lo uma prática nefasta à democracia. A democracia se engrandece e se consolida é com a alternância do poder;

3. Analisando a nova Wilma que está sendo vendida na mídia do palácio do planalto tenho a impressão de estar sendo vítima de propaganda enganosa. A Wilma estilo “Barbie” não é a mesma Roussef do governo. Temo que esta metamorfose ocorra também caso ela assuma o poder;

4. Mesmo com todo esforço que vem fazendo para ser simpática na televisão não consegue esconder que é uma pessoa individualista, rancorosa e prepotente;

5. Seu entourage não inspira confiança. Tudo que se possa fazer para evitar a reedição do mensalão e etc. Cia é pouco;

6. Apesar de não ser uma razão fundamental não consigo interagir com sua imagem, uma questão de empatia; sempre me passa a impressão que ela age com subterfúgios e joga desleal;

7. Concorrer para sua ascensão à Presidência significa render-se ao ranço ideológico do PT;

8. Não concordo com seu apoio explícito aos grupos terroristas (MST);

9. Evitar que ela assuma o Governo da República garantirá que grupos que se consideram acima de todas as coisas e donos da verdade se perpetuem no poder.

10. Roussef na presidência significa o fortalecimento de uma política externa que apóia o projeto dos ditadores latino-americanos protagonizados por Hugo Chaves, na Venezuela, Evo Morales, na Bolívia e Rafael Correa, no Equador, o socialismo “bolivariano”.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seleção 2010.

É impressionante como o futebol está arraigado na cultura e no dia a dia do brasileiro.


É uma paixão que alucina pobres, ricos, crianças e adultos.

Já se disse que a seleção é a Pátria de chuteiras.

No jornal televisivo anuncia-se que os deputados, em Brasília, estão tentando antecipar o recesso parlamentar sob a alegação que durante os jogos da copa será muito difícil se estabelecer o quorum regulamentar para realização das sessões na Câmara.

Isto é, o futebol é a prioridade nacional. Depois vem a segurança, a educação, o emprego, etc.

Ontem à tarde assisti, pela TV, o anúncio dos 23 jogadores convocados para a seleção brasileira de futebol que no próximo mês disputará o campeonato mundial na África.

Uma solenidade realizada num salão de um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Reunião bastante concorrida com a participação de jornalistas do mundo inteiro.

Na oportunidade o técnico Dunga foi sabatinado e questionado sobre o porquê dos escolhidos.

Impressionou-me a calma e lucidez do treinador diante do assédio e cobrança dos presentes.

Afinal essa questão de futebol é fogo. Ninguém se entende.

São 190 milhões de técnicos e cada um com uma seleção na cabeça.

Na entrevista coletiva Dunga foi por vezes criticado por haver excluído alguns favoritos.

Sem sombra de dúvidas a escolha é dificílima. Afinal eleger 23 jogadores num universo de centenas é algo complexo e delicado.

Seria uma tarefa relativamente simples caso a escolha se limitasse única e exclusivamente nas qualidades técnicas e habilidades dos jogadores, mas há que se levar em conta os lobbies em favor dos altos interesses financeiros envolvidos nessa atividade.

Interesse dos cartolas, dos patrocinadores, da imprensa enfim, pra tudo quanto é canto há sempre um interesse em jogo.

Dunga pareceu-me bastante coerente e seguro de suas decisões.

Resta-nos aguardar que a seleção tenha um bom desempenho e nos traga o hexa.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A bronca de Puchkin.

Há bastante tempo não era incomodado com os comentários de Puchkin, meu ombudsman.

Ontem recebo dele uma mensagem eletrônica um tanto quanto constrangedora.

Entre outras coisas além de me acusar de supérfluo critica o teor de minhas postagens.

Transcrevo um trecho do seu e-mail.

“... além do mais Paladino, noto que ultimamente você tem abusado da paciência de seus seguidores e escrevendo muita banalidade.

Ontem você se superou com aquela matéria sobre a cidade sem muros.

Onde você já viu uma cidade sem muros, Paladino?

Se com os muros definindo os limites dos lotes ainda sobra confusão, imagina sem.”

Meu caro Puchkin você tem todo direito de criticar ou censurar o que escrevo como também, caso os assuntos aqui tratados não sejam do seu agrado, tem todo direito de ignorá-los.

Tenho plena consciência que minhas postagens podem ser classificadas como banais e admito até descartáveis. Só faço uma ressalva: o acesso a essas dissertações é uma liberalidade de cada um. Não posso estar abusando da paciência de ninguém, pois ninguém está obrigado a ler minhas loucuras e diatribes.

Não escrevo para ser reconhecido nem para alcançar nenhum mérito literário. Bem ou mal escrevo por que gosto de escrever. Para mim é como uma terapia, uma necessidade orgânica. É meu passa tempo. C’est fini.

Claro que o comentário que fiz sobre uma cidade sem muros foi simplesmente uma brincadeira, uma ilação sobre algo virtual para demonstrar quanto seria proveitoso e saudável para todos se as pessoas tivessem outro tipo de entendimento sobre seus bens materiais.

Entretanto, pra seu governo, posso lhe afirmar que nos Estados Unidos e algumas cidades da Inglaterra dificilmente se constroem muros ao redor das casas quando muito uma cerca viva.

Não tem importância Puchkin, continuarei escrevendo minhas inutilidades resguardando e respeitando seu direito de criticar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cidade sem muros.

Lembro-me de um episódio que ocorreu há muitos anos atrás.
Aconteceu durante a visita de uma jovem americana, primeira esposa do meu amigo Eduardinho (Eduardo Magalhães).
Fazíamos um tour onde eu lhe mostrava as belezas de nossa capital e inadvertidamente joguei uma carteira de cigarros vazia pela janela do carro.

-Será que não vás ser multado? – indagou a Becky (era esse seu nome familiar).

Expliquei que ainda não havíamos atingido aquele nível de educação e que a prática embora questionada em seu país aqui era ignorada.

Lá pras tantas novamente outra pergunta de Becky me deixou pensativo.

- Por que todas as casas têm muros e para que servem?

Tentei uma explicação plausível reportando-me a razões de segurança e questões culturais de posse e propriedade.

Ela permaneceu calada e indiferente sem esboçar qualquer reação de aprovação ou desacordo.

Hoje, lembrando esse fato comecei a imaginar uma cidade sem muros.

Por exemplo, o que aconteceria se João Pessoa não tivesse muros.

Um cálculo empírico nos remete a uma conclusão interessante.

João Pessoa tem hoje aproximadamente 700 mil habitantes ocupando cerca de 160 mil residências.

Considerando o lote urbano padrão precisaríamos, em números redondos, 9.000.000 de metros lineares de muro para contornar ou isolar todas as habitações.

A construção desses muros, admitindo-se um padrão simples de acabamento (reboco e caiação), significaria um investimento da ordem de 1,8 trilhões de Reais, aos preços hoje praticados.

Imagine esse recurso aplicado na construção de casas populares.

Caso isto acontecesse resultaria na edificação de 36.000 casas o que certamente bastaria para zerar o déficit habitacional da capital ou chegaria muito perto.

Esse é o preço que se paga pela maldade e desconfiança reinante no coração dos homens.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

AS PÉROLAS DE LULA.

Você há de convir que um operário semi alfabetizado alcançar a Presidência da República de um país da importância do Brasil é um fato altamente louvável e inusitado. Ninguém de sã consciência pode obscurecer tal proeza. O mundo inteiro reconhece e admira este acontecimento atribuindo-lhe o merecido prestígio.

Mas isto não é suficiente para aceitarmos de bom grado as peripécias de Sua Excelência com relação à sua falta de intimidade com o idioma nacional e principalmente as asneiras proferidas nos seus conhecidos improvisos.

Não se lhe cobra que exiba um perfil doutoral nem acessórios acadêmicos mas pelo menos que demonstre bom senso no trato das coisas do estado.

Afinal, o que já se investiu nesse homem desde a época do sindicalismo, de deputado federal, até a presidência da república, foi mais que suficiente para que ele acumulasse o mínimo de refinamento.

As idiotices que esse homem tem pronunciado nos últimos anos são de arrepiar os cabelos e tirar a paciência de qualquer cristão.

Não sei se é pra rir ou pra chorar, mas quem gosta de colecionar excentricidades eis a seguir uma coletânea das tagarelices e bobagens presidenciais colhidas num e-mail que me foi enviado pela amiga e comadre Dineusa.

São realmente citações esdrúxulas, eivadas de conceitos pronunciados talvez sob o efeito de algum psicotrópico ou alucinógeno. Não se questiona os impropérios e crimes cometidos contra a língua mãe, o disparate está no substrato dos desbragados pensamentos filosóficos de nosso presidente.

Senão vejamos:

“Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor como povo da América Latina”.

“A grande maioria de nossas importações vem de fora do país.”

(Impressionante!!!)

“Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos.”

(Não tinha pensado nisso)

“O Holocausto foi um período obsceno na História da nossa nação. Quero

dizer, na História deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi

nesse século.”

(Ih! O cara comeu côco ou cheirou coca.)


“Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é 'estar preparado”.

(esse é o cara – de pau!)

“O futuro será melhor amanhã.”

“Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz.”

(..e continua a fazer)


“PELOTAS É UMA CIDADE QUE EXPORTA VIADOS.”


“Um número baixo de votantes é uma indicação de que menas pessoas estão a

votar.”

(Conclusão impar!!!)


“ Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não.” (Felomenal!)

“MINHA MÃE NASCEU ANALFABETA.”

(Muito esclarecedor)


“Não é a poluição que está prejudicando o meio-ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso.”

(Ah bom!!!)

‘O Air Force 51 foi adquirido em regime de “offset”. ´

(O regime de compra foi de drawback. rs.rs.rs.rs.)


"agora o Brasil está remando para frente"..

(vôte!!!)

"Estou otimista porque estamos reduzindo as taxas de interesses dentro do Brasil."

(Taxas de interesses não significa nada em língua alguma)

“É tempo para a raça humana entrar no sistema solar.”

(Fechou com chave de ouro!!!)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dupla implacável.

Uma característica marcante dos críticos cinematográficos é malhar tudo que é filme e esmiuçar defeitos. Parece que assim procedendo eles se imaginam acima da inteligência normal e donos de um senso acurado de percepção e valores da vida. De fato é mais cômodo identificar as falhas que reconhecer os acertos. Aliás, este comportamento parece uma constante em tudo que é crítico como ocorre no caso dos jurados nos programas de TV e estendo o raciocínio para os Juízes das Cortes de Julgamentos e os professores nas universidades.


Imaginam estas criaturas que quanto mais CDF mais sábios, mais temidos, mais respeitados. Ledo engano.

Cito como exemplo um filme que assiste ontem que simplesmente adorei apesar de algumas restrições da crítica especializada.

Trata-se de DUPLA IMPLACÁVEL (From Paris with love). Acho que o título em inglês é uma brincadeira com o clássico From Russian, with love.

A trama acontece em París.

É verdade, como diz a crítica profissional, que há certa demagogia e exageros nas ações que transcorrem no drama até chegar ao fio da meada. A redundância é plenamente aceitável. È a forma que se utilizou para demonstrar a habilidade e perspicácia dos agentes da lei em situações diversas. Entretanto, não há neste fato absolutamente nenhum demérito nem comprometimento com a narrativa.

James Reece (Jonathan Rhys Meyers) é um assessor especial do Embaixador norte-americano (Richard Durden), em París. Exímio jogador de xadrez que sonhava se tornar um agente secreto, mas nunca imaginou que para isso tivesse de se envolver em espionagem barra pesada.

É o que acontece quando ele se alia a Charlie Max (John Travolta), um espião americano numa missão para impedir um ataque terrorista, em París.

Gordo e calvo John Travolta teve um desempenho fantástico. Com muito mais experiência do que como Tony Manero em “Os embalos do sábado à noite”, Travolta demonstrou seu amadurecimento como ator e todo seu talento fazendo jus por que se tornou uma celebridade, uma lenda em Hollywood onde fatura 20 milhões de dólares por filme.

Destaque especial para a bela polonesa Katarzyna Smutiniak no papel da namorada de James e que personaliza uma das maiores surpresas do filme.

O autor da história é o festejado cineasta francês Luc Besson e a direção de Pierre Morel.

Ação do começo ao fim.

Vale a pena assistir.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Voto em branco & nulo

Depois de incursionar sobre as metamorfoses políticas da semana o papo na mesa transformou- se num fórum de debates sobre voto em branco e voto nulo.

Apesar da não participação de nenhum jurista todo mundo se considerava um “expert” em legislação eleitoral.

O voto em branco é isso, o voto nulo é aquilo. Havia conceito pra todo gosto e consumo.

O voto em branco é um ato de conformismo.



Já o voto NULO é um protesto válido.

Só estranhei esta história do voto TANTO FAZ, ou seja, o voto em branco ser somado ao candidato mais votado no último turno.

Retomo o que prescreve a Legislação (Lei 9504 de 30.09.1997):

Art. 2º - Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

Para votar em branco todo mundo sabe como fazer as campanhas eleitorais esclarecem como votar num candidato ou em branco.

Ninguém explica, entretanto como anular o voto. A própria urna eletrônica é programada para esconder e evitar a possibilidade a de anulação do voto.

Se você digita um número inexistente na urna, ela acusa número incorreto, corrija seu voto.

Uma estratégia para desencorajar o voto nulo e eleger determinados candidatos.

Concordo que o voto nulo seria uma paulada nas estruturas do sistema se alcançados mais de 50% dos votantes, ou seja, se os candidatos não conseguissem mais de 50% no último turno.

Votar nulo, portanto tem um significado, porém de possibilidades remotíssimas para fazer manifestar-se a indignação da sociedade por tanta injustiça.

domingo, 2 de maio de 2010

Parem o mundo.

Apago a luz e acendo a imaginação.


O que não vejo, mas escuto é uma sucessão infindável de excrescências sonoras e criações animalescas de despautérios musicais.

Definitivamente não agüento mais ouvir nem ver tanta mediocridade.

Cuidado, muito cuidado ao ligar o rádio ou a TV. De repente você pode ser atingido por um petardo letal, como um míssel de Saddam Hussein representado pelas sub músicas tocadas por essas bandas de axé ou a reedição de Sodoma e Gomorra representada pelas baixarias do Big Brother Brasil.

Como disse Ariano “ao redor do buraco tudo é beira”.

Uma afronta desmesurada à sensatez. Coisa de gente drogada que avilta a espécie humana, um logotipo de um instante da história.

De quem é a culpa. Todos nós os degradados filhos de Eva somos culpados.

Que tribunal pode julgar e punir o culpado ou culpados.

O delito coletivo é castigado pelo próprio delito.

Já me referi em outra oportunidade que Pinto do Acordeom no seu programa na Tabajara FM, com Piancó empunha uma bandeira de luta contra essas mediocridades e classifica essas criações diabólicas como músicas “pra escapar”.

Observem os sub versos seguintes e diga mesmo o que existe de substancial nessas verborréias para serem apreciadas.

I

Bota a mão no joelho

E dá uma abaixadinha, vai mexendo gostoso, balançando a bundinha

Agora mexe vai, mexe, mexe mainha.

Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão

Vou te jogar na cama e te dar muita pressão

II

Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho

Vai Serginho, vai Serginho...

Abra a boca num si espanta, vô goza na tua garganta...



III

Vou mandando um beijinho

Prá filinha e prá vovó

So não posso esquecer

Da minha eguinha Pocotó

Pocotó, pocotó, pocotó, pocotó

IV

Tô ficando atoladinha, to ficando atoladinha, to ficando atoladinha.

Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri, alguém ligou pra mim.

Piriri, Piriri, Piriri, alguém ligou pra mim!!!

V

Vai da tapinha na bundinha, Vai que eu sou sua cachorrinha

Vai que eu to muito assanhada, Vamos da uma tapadinha

Só se for na rachadinha

E toma gostosa lapada na rachada

Você pede e eu te dou, Lapada na rachada

E ai tá gostoso?

Lapada na rachada... Toma, toma, toma...

Será o prenúncio do fim dos tempos?

Socorro! Parem o mundo que eu quero descer.

sábado, 1 de maio de 2010

A viagem.

Raimundo e Ana Maria acabaram de transar e conversavam amenidades.

Mundinho, a gente podia fazer uma viagem.

Por que se lembrou disso agora Namaria?

Por nada. É que faz tanto tempo que a gente não viaja.

E tu querias ir pra onde?

A gente podia ir para a Europa.

Europa! Tu tá louca Namaria. Não tá vendo TV. Esqueceu os problemas com aquele vulcão?

Então por que não vamos para os Estados Unidos?

Estados Unidos de novo Namaria tua geografia só vai até aí?

Ah! Me lembrei! Então podíamos ir pra Ásia conhecer a cultura oriental ou mesmo pra Austrália.

Namaria me diz uma coisa, por que tu só pensas no exterior com tantos lugares bonitos no Brasil que não conhecemos?

Tai, nisso eu concordo. A gente podia conhecer o Pantanal, que tal?

Acho que o Pantanal não faz nossa praia. É mais para quem curte um programa de pescaria e coisa e tal.

Então vamos conhecer o Norte. Sempre tive uma curiosidade enorme para conhecer o Acre, Roraima.

Ih! Namaria, isso é muito longe e meio complicado pra chegar. Os aviões são pequenos, desconfortáveis.

Sei mais não Mundinho. Eu queria era viajar. A gente fica amofumbado aqui o tempo todo, não sai pra canto nenhum. Eu queria ir pra qualquer canto.

Se o problema é esse então tá resolvido vamos pra Campina, ta bom?