terça-feira, 29 de junho de 2010

Um São João diferente.


Quarta feira 23 peguei a estrada duplicada e rumei para Campina Grande.

Reeditando o programa do ano passado aceitei o convite do amigo Fred, primo de minha mulher, e durante três dias hospedei-me em sua casa. Ali experimentei não o maior, mas o melhor São João do mundo.

A casa fica numa granja nos arredores da cidade. Uma edificação maravilhosa incrustada num verdadeiro paraíso e ladeada por um parque aquático, um salão de jogos, um mini-campo de futebol e inúmeras fruteiras. Um arranjo arquitetônico aconchegante e confortável. Tudo impecavelmente arrumado.

A beleza e grandiosidade do conjunto só são menores que a simpatia e calor humano dos anfitriões, Fred e Carleusa, que se excedem em simpatia e num bom humor contagiantes.

O primogênito Frederico é uma alegria à parte. Um infante impúbere de rara inteligência que fala e raciocina como gente grande sem a chatice dos garotos prodígios. Identifico-me muito com ele por ser um garoto esperto, meigo e atencioso. Completando o ninho familiar o recém nascido Antônio Carlos um lindo bebe que em função do DNA promete ser outra maravilha de pessoa.

Foram três maravilhosos dias respirando felicidade e cumprindo uma programação concorrida e diversificada.

Entre uma e outra partida de buraco o bate papo regado com um scotch honesto, espumantes e tintos, acompanhados de canapés e salgados numa diversificação variando do bode guisado à cauda de lagosta amanteigada, sem faltar, pela manhã, o milho cozinhado e a pamonha. Um verdadeiro deslumbre. Estresse zero. Já avisei que repetirei a dose no próximo ano.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Neologismos da Copa.

Se você não é um aficionado do futebol com certeza irá estranhar certas expressões exóticas utilizadas pelos comentaristas esportivos, tanto no rádio como na TV, para descrever os lances das partidas.

Não sou desses fanáticos por este esporte, mas nessas épocas de copa do mundo, como a maioria dos brasileiros acompanho, par e passo, o desenrolar do campeonato.

Aqui acolá acho curioso como os narradores no afã de descrever cada lance da partida criam chistes e expressões muitas vezes beirando o ridículo agredindo o idioma de Camões.

São neologismos sem criatividade nenhuma nem senso de humor.

Muitas vezes enveredam pelo caminho da demência com expressões somente compreensíveis pela comunidade esportiva, com muito esforço e boa vontade.

No desenrolar da partida desenvolvem raciocínios que quando não são o óbvio ululante desafiam os limites da sensatez.

Num único jogo registrei algumas “pérolas”.

“A bola foi muito alta e sobrevoou a trave da cidadela Sul Africana”. Isto é a bola alojou-se no porta bagagem de um Boeing da South Africa Air Lines e passou por cima da trave no campo da Africa.

“A gente tá revendo de novo o lance...”

“O árbitro apitou pela última vez...”

“O atacante suíço trabalhou o goleiro do Chile...”

“A bola explode no joelho do sul africano” ou seja a jabulani estava carregada de TNT e quando chocou-se com o joelho do jogador: buummmmmmmmmm!

“acertou bem no meio da rua...” (errou o chute). A jabulani fez uma super trajetória transpôs as estruturas do estádio e foi parar no meio de uma das ruas de Bloemfontein.

“o meio de campo está confundindo velocidade com pressa...”

“Afinal são onze de cada lado e uma bola redonda no meio para atrapalhar...”

Atirou de peixinho na cara do gol Uruguaio: O jogador mergulhou numa das praias do oceano Índico, pescou uma cioba e sacudiu na cara do Uruguaio.

“O goleiro defendeu com as mãos...”

“Tshabalala deu um chapéu no zagueiro...” – O atacante comprou um Prada e gentilmente presenteou o adversário.

“Faz pedalinho e engana a zaga Mexicana” – O jogador deixa o campo e vai tranquilamente pedalar no lago Azul.

“O goleiro defende engomando e é escanteio para a França” – O goleiro veste um avental e passa ferro na bola.

“O artilheiro furou na hora precisa...” Isto é: em vez de chutar a jabulani o jogador se arma com uma lança africana e fura a bola.

sábado, 19 de junho de 2010

PUBITE.

Meu amigo Jorge Trigueiro, anestesista renomado, é um homem que sabe das coisas. Tanto das ciências médicas com especialidade na anestesiologia, como política e esportes.

Estudioso e fluente no domínio da língua inglesa tem um conhecimento universal sem ser um generalista.

Recentemente conversamos sobre o desempenho das seleções que disputam a copa do mundo na África.

Como não poderia deixar de ser comentou-se a estréia da seleção brasileira jogando contra Coréia do Norte.

Vários fatores foram evidenciados para explicar o tímido resultado.

Primeiro o fator “Jabulani” que atribui os equívocos à bola. Explicação pouco provável, pois é aquela velha história o risco que corre o pau corre o machado. Isto é: se a bola é leve e assume efeitos inesperados quando chutada isto ocorre com todo mundo.

Segundo os estado de espírito dos jogadores novatos que enfrentam uma copa do mundo pela primeira vez. É natural que o nervosismo, numa situação dessas, afete o equilíbrio emocional dos atletas noviços transferindo para toda equipe um desempenho fraco.

Ai o Dr. Jorge lembrou um fator pouco divulgado pela imprensa e pouco conhecido do grande público, a Pubite ou Pubialgia.

E o que vem a ser essa tal de pubite?

A pubite é uma doença adquirida pela falta de sexo.

Instala-se na região pubiana e afeta o sistema nervoso parassimpático com diminuição da adrenalina e da pressão arterial.

Uma vez instalada o atleta fica acometido de desanimo e decepcionado com a redução de sua capacidade física.

Lembra o comportamento de Caca no último jogo?

Pubite meu filho. Pubite pura.

Também quem mandou o Dunga ser refratário ao sexo.

Tai a explicação e uma dedução lógica: para conseguirmos o Hexa Campeonato temos que transar e muito com ou sem vuvuzelas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Cesar o que é de Cesar.

Ao Jornalista Alex Gutenberg.
Ainda guardo em meus arquivos o inditoso artigo escrito por Vossa Senhoria no início de 2007 para o Jornal do Estado do Paraná retratando uma imagem equivocada do nordeste e do glorioso povo nordestino que foi o fato gerador de toda minha indignação.


Recordo-me de haver encaminhado à redação do Jornal um texto com um comentário sobre a matéria que infelizmente não foi levado em consideração com a devida publicação.

Negando a liberdade de imprensa assisti meus direitos usurpados. Este fato causou-me constrangimento mas julguei mais sensato esquecer todo episódio.

Lembro que logo no intróito do mal fadado artigo V.S. particularizou o fenômeno social da colonização como se o País fosse restrito ao nordeste.

Afirmo que a colonização não teve uma conotação regional. Primeiro porque não havia regiões havia sim uma nova terra sendo explorada e habitada. Portanto o processo de colonização assolava todo território ocupado.

A miscigenação dos brasileiros não é uma manifestação étnica restrita ao povo nordestino.

O fato ocorreu do Oiapoque ao Chuí.

Concordo que os efeitos maléficos do famigerado Bolsa Família têm maior influência na região nordestina. Entretanto sou obrigado a discordar e reparar seu conceito sobre a questão da violência urbana quando os maiores índices de delitos são registrados em outras regiões que não a nossa. Aponto para os arrastões em Copacabana, dos assaltos e balas perdidas em São Paulo, Curitiba, em Floripa e outras Capitais. A propósito registro só um fato curioso para demonstrar a que ponto chegou a violência no sul do País quando semana passada uma mulher que foi assaltada dentro de uma delegacia.

Sr. Alex, a afirmação que nossas cidades são imundas e que aqui o crime compensa é no mínimo uma idéia preconceituosa.

João Pessoa mesmo, nossa capital, foi reconhecida na ONU como a cidade mais verde do Planeta e como se isso não bastasse invoco sua própria afirmação de que é a cidade mais bela do litoral brasileiro.

O coronelismo é coisa do passado. Tudo fruto da globalização que Vossa Senhoria afirma não ter chegado por aqui, mas que divulga inescrupulosos políticos como os José Dirceu, os Genuínos, Belúzios, Pallocis e os Lupions que venderam terras públicas do Estado do Paraná.

Caro Alex, todos estamos no mesmo barco furado.

A oportunidade de iniciar um reparo vem aí em outubro próximo.

Vamos dar as mãos e eleger alguém que possa iniciar este novo Brasil.

Obrigado por visitar meu Blog. Será sempre bemvindo.

domingo, 6 de junho de 2010

A crítica.

Existe coisa mais fácil de fazer do que criticar? Acredito que não.


É muito cômodo emitir uma opinião crítica a um trabalho realizado, uma obra de arte, seja uma escultura, uma música, uma pintura, um poema, ou mesmo uma edificação, um produto industrial, seja o que for.

Além do mais você não precisa ser especialista no assunto. É só querer e pronto.

Considero a crítica uma prática saudável e necessária quando é feita no intuito de melhorar ou acrescentar alguma coisa sobre determinada produção intelectual.

Mas existem críticas que além de contundentes não oferecem nenhum objetivo prático a não ser criticar por criticar.

Esse tipo de critica é condenável e confere ao seu autor um atributo de incompetência e pusilanimidade.

Por outro lado quando a crítica é feita negando o mérito tem o dom de conferir ao crítico uma falsa idéia de que ele é um expert sobre a matéria criticada.

O incorrigível e irreverente Puchkin que se diz meu ombudsman é um desses críticos de plantão que nunca escreveu uma linha sequer, mas se arvora do direito de por defeito em tudo que lê.

Ontem me enviou uma mensagem criticando minha última postagem.

“Porra Paladino, passastes duas semanas hibernando e retornas com um artigo chinfrim. Que falta de assunto. Melhor tivesses continuado em tua letargia”.

Puchkin, por mais democrata que eu queira ser, sinceramente, estou me cansando de tuas observações.

Encaro a crítica como uma ferramenta útil para corrigir nossos equívocos e nos direcionar para um norte verdadeiro.

Lamento muito caro amigo, mas tuas críticas são desabafos inoportunos que não me acrescentam nada.

Já te falei em outra oportunidade o caminho mais fácil para evitar teu constrangimento lendo minhas “inutilidades” é não visitar este Blog o que, aliás, não me causará nenhum transtorno.

Hasta la vista!

sábado, 5 de junho de 2010

O retorno.

Peço mil desculpas pela longa ausência. Consola-me saber que muitas vezes o silêncio diz mais que mil palavras.

Acontece que estes últimos dias fui acometido de uma espécie de letargia repentina que provocou uma abstinência literária. Além do mais uma preguiça enorme assolou todos meus sistemas subtraindo-me a inspiração.

Retorno revendo as manchetes televisivas.

O Presidente Lula sanciona a Lei Ficha Limpa.

Faltam seis dias para abertura da Copa do Mundo.

O Presidente Lula é multado pela 5ª vez acusado de antecipar a campanha política.

Amanhã (domingo) a Parada do Orgulho Gay deverá atrair 3,5 milhões de pessoas e movimentará 196 milhões de Reais.

Transmutam-se os matizes, mas a tela é a mesma.

Uma sinfonia inacabada sobre o mesmo tema. Um assalto aqui, um estupro ali, uma fraude acolá.

Desafiando toda tecnologia americana o óleo continua jorrando no Golfo do México.

A catástrofe ambiental teve início no dia 20 de abril quando se rompeu um duto da British Petrol (BP) empresa britânica, numa profundidade de 1500 metros.

O acidente provoca o lançamento de 800 mil litros de óleo no oceano causando sérios prejuízos ao meio ambiente.

O pior é que não há perspectiva de contenção do vazamento em curto prazo.

É realmente uma lástima.