sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Porto de Cabedelo

Meu primeiro emprego

 foi no Porto de Cabedelo nomeado em 1960 pelo Governador Pedro Moreno Gondim.



Ali exerci várias funções até meu desligamento após seis anos de serviço quando me graduei em Engenharia Civil.

Passados quarenta anos, num salto olímpico no tempo,reato minhas ligações com o Porto na qualidade de membro do CAP -Conselho de Autoridade Portuária, indicado pelo Governador Cássio Cunha Lima e designado pelo Ministro dos Transportes. (atualmente essa designação é feita pela Secretaria Especial de Portos).

O CAP é um órgão deliberativo, consultivo e normativo constituído por entidades diretamente envolvidas na atividade portuária.

De atuação funcional colegiada, é composto por membros representantes dos poderes públicos Federal, Estadual e Municipal, operadores e trabalhadores portuários.

Permaneci nesse Conselho por quatro anos..

Como se vê minha intimidade com o Porto é bastante estreita.

Pois bem, desde os primórdios de minhas ligações com esse ancoradouro vem à baila um problema crônico que impede seu desenvolvimento.

A questão do calado que atualmente é de 9,14m, na maré alta.

Por batimetria constatou-se a existência de uma formação rochosa no canal de acesso cuja extração emperrou-se num ciclo vicioso.

A legislação ambiental não permite sua extração com utilização de explosivos.

A extração tem que ser executada com o auxílio de equipamentos especiais (dragas tipo clamshell) e esses equipamentos não têm acesso ao local devido a baixa profundidade que não permite a navegabilidade das balsas para seu transporte. Formou-se um ciclo vicioso.

Por suas condições oceanográficas o Porto de Cabedelo jamais poderá competir com outros congêneres como Suape, em Pernambuco e Pecém, no Ceará.

Os navios de carga (e passageiros) continuamente crescem sua capacidade de transporte exigindo maiores profundidades dos canais de acesso e de manobra dos ancoradouros.

Breve navios com capacidade de transporte inferiores a 100 mil toneladas de carga serão peças de museu.

Portanto o Porto de Cabedelo está fadado a caminhar para o futuro carregando sua própria vocação de ser um porto de cabotagem ou um porto pesqueiro.

Insistir em outra solução é perda de tempo e de dinheiro.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A privatização

Nos debates políticos apregoa-se desmesuradamente pesadas críticas à privatização de empresas estatais pelos governos estadual e federal.


A privatização fez parte da agenda nacional em vários governos inclusive no do Presidente Lula.

O principal objetivo era evitar que o governo ampliasse ainda mais sua presença no setor produtivo, e não o de gerar receitas para o Tesouro.

O erário ressentia-se de recursos financeiros para atender aos investimentos necessários para assegurar o crescimento do País.

Num cenário globalizado emergiu uma onda privatizante que não foi um fenômeno meramente regional. Foi uma avalanche continental, sem fronteiras, cujos efeitos se propagaram desde os países do primeiro mundo.

A questão da privatização muito embora ainda hoje com restrições de alguns setores é um assunto absolutamente exitoso. Os atuais modelos de gestão pública que conferem ao Estado apenas o papel de gerenciar as atividades básicas e de segurança pública são de certa forma questionados por certos segmentos da sociedade, mas a cada dia fortalecido pelos resultados oferecidos principalmente quanto à qualidade dos serviços prestados pelas empresas. Note-se, por exemplo, o caso da teles e das empresas de energia elétrica.

O questionamento pura e simplesmente dessa política de transferência patrimonial de empresas do Estado para o setor privado é no mínimo uma visão simplista e equivocada de quem desconhece as engrenagens da macroeconomia.

Lembro-me bem, não faz muito tempo, as linhas telefônicas eram objeto de investimento. As pessoas adquiriam linhas de telefone fixo para especulação. O telefone celular, nem falar, era um serviço restrito a alguns iluminados.

Os grandes investimentos no setor necessários para estimular e promover as mudanças permitindo o acesso das massas à comunicação só foi possível com a participação do capital privado.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Limoeiro do Norte

Quebrando a rotina, neste último final de semana, realizei duas viagens que me provocaram incontidos prazeres. Uma pela estrada e outra pelo tempo.

Pela estrada, às sete da manhã de sexta feira dia 22 rumei para Limoeiro do Norte-CE, onde pude reencontrar-me com o lado Osterne dos Carneiros principalmente dos meus amigos Joaquim, Tarcízio, Daniel, Maria Júlia e Maninha.

Alcançando Limoeiro a atmosfera remeteu-me à década de 50, lá entre os anos de 1957 ou 58, quando os acompanhei, de férias àquela cidade situada na beira do Rio das Onças (“Jaguaribe”em Tupi).

Como num passe de mágica me vieram à lembrança flashes e flagrantes dos namoricos de infância, das peladas no Colégio Diocesano, das tocatas de Edmir e da austeridade de D. Aureliano Matos.

À noite do mesmo dia, abraçado pelo Aracati, encontrei os Osternes, José Eugênio, Ernani e sua Cleomilde,  e as meninas Yeda, Nadir, Marlene (e o esposo Marcelo) e Glaucia. Gente iluminada, pessoas bem humoradas e de convivência cativante.

Formamos um grande grupo, os Carneiros, Eu, minha mulher Merinha, Volma, esposa de Tarcízio, Dineuza esposa de Daniel e minha comadre Cidinha, viúva de Hortêncio (Beba).

O móvel da viagem foi participar da solenidade de aniversário de dez anos da Academia Limoeirense de Letras, um templo de cultura do qual participam os irmãos Joaquim e Daniel.

O sarau foi bastante concorrido, com presença maciça de familiares e de homenageados ilustres, uma festa de rara beleza sob a batuta do presidente da Academia o talentoso poeta cearense Francisco Irajá Pinheiro.

Na solenidade meu amigo Joaquim, com sua verve de historiador e de pesquisador incansável proferiu um excelente discursos focando a trajetória de vida de seu avô José Osterne Ferreira Maia personagem ilustre da história de Limoeiro e autor de importantes e pioneiras iniciativas que concorreram para o desenvolvimento da urbe e da região jaguaribana.

Limoeiro não é mais imberbe, agora entaludou-se, tem “barba e bigode”. Cidade planejada, ruas cartesianamente traçadas e com mais de 80% de cobertura de esgotamento sanitário (índice elevado para os padrões das cidades brasileiras), duas universidades, uma TV (TV Jaguar), um jornal (Folha do Vale), quatro rádios, 6 Bancos e sedia a 4ª Diocese do Ceará.

No sábado desfrutamos de um almoço inolvidável tanto do ponto de vista culinário quando degustamos uma excelente Tilápia frita e crocante acompanhada de rubacão quanto ao deslumbramento da paisagem local, a Barragem das Pedrinhas. Uma barragem vertedouro construída no rio Jaguaribe e adornada por uma vegetação deslumbrante que completa um cenário cinematográfico.

No domingo não ficou por menos uma degustamos uma saborosissima galinha preparada ao molho de cabidela pelo Sr. Raimundinho, proprietário do restaurante Galinha da Lua Cheia, situado na Várzea do Cobre, na periferia da cidade.

Momentos felizes, prazeres indeléveis.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nonô

12 de Setembro de 1902. Num sobrado da rua Direita, em frente à Catedral, em Diamantina nasce Juscelino Kubitschek de Oliveira. Filho de João Cezar de Oliveira e Julia Kubitschek.

Nonô, como era chamado na intimidade, foi prefeito, governador e o presidente do Brasil que tirou o País de uma letargia histórica. O mais cosmopolita e jovial dos presidentes desta Nação.

O Brasil é um antes de outro depois de Juscelino.

O mais republicando dos presidentes JK governou com o olhar focado no futuro substituindo velhas práticas de uma política raquítica e míope por um motor propulsor do desenvolvimento.

Lutou obstinadamente por resultados desafiando o impossível.

Um estadista que ria e amava, no dizer de Nelson Rodrigues “Juscelino trouxe a gargalhada para a presidência” - um artista do impossível.

O sonho da mudança da capital para o interior do País remota aos anos de 1822. O nome “Brasília” foi mencionado pela primeira vez pelo patriarca José Bonifácio em documento enviado à Assembléia Geral Constituinte propondo que a nova capital fosse instalada na comarca de Paracatu, e chamada de Petrópole ou Brasília.

A interiorização se tornou causa nacional.

Brasília, considerada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, a obra do século, só foi possível graças ao espírito empreendedor e a garra de um presidente que desconhecia obstáculos. JK provou que o impossível é impossível ate ser feito.

Como disse Pedro Nava, “A construção de Brasília e conquista do Oeste desviaram completamente o curso da nossa história e deram-lhe perspectivas até hoje não avaliadas.”

Consolidando uma liderança inquestionável conquistada com atos e ações que enobreceram a nação brasileira JK foi alvo de insólitas e injuriosas críticas assacadas pelos inquisidores da ditadura militar, por esquerdistas telúricos e pseudo-nacionalistas.

Entre 1964 e até sua morte, em 1976, difamaram-no tentando responsabilizá-lo pelo surgimento da inflação brasileira e atribuindo-lhe a pecha de corrupto e entreguista. Ultrajaram sua honra transformando-o num pária político.

A inflação era um problema do país muito antes de JK chegar ao poder. As taxas de inflação brasileiras sempre estiveram entre as mais altas do mundo.

Outrora equivocadamente entendido como entreguismo, hoje é consenso e perfeitamente aceitável a vinda do capital produtivo estrangeiro nos meios de produção nacional.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carreata de ré.

O amigo Antônio Marinheiro, de saudosa memória, tinha uma presença de espírito invejável.

Era um conceituado médico egresso da clã dos Marinheiros, em Campina Grande.

Uma conversa com Antônio era motivo de prazer e satisfação, uma terapia, sem querer fazer trocadilho, pois o mesmo era psiquiatra. Sempre bem humorado para tudo tinha uma saída e diante das adversidades transformava o limão numa limonada.

Com Adailza, por quem foi eternamente enamorado, teve uma prole bastante ampliada para os padrões atuais. Seis filhos. Marcelo, Frederico (Fred), Márcio, Gustavo, Bruno e Taciana (minha afilhada).

Antônio, que na realidade era Severino, projetou toda sua carga genética para um dos filhos – Fred.

Este desde a mais tenra idade demonstrou com suas peripécias argúcia e sagacidade.

Fred é também médico e político. Foi prefeito de Juazeirinho duas vezes. Uma simpatia contagiante, muito apegado à família e manifesto espírito de solidariedade e companheirismo.

Registro a seguir uma das suas últimas criações.

Os Matias, em Juazeirinho, são eternos adversários políticos dos Marinheiros e recentemente conseguiram quebrar uma hegemonia de mais de cinqüenta anos elegendo um dos seus membros como Prefeito da cidade e na última eleição supõe-se eleger à deputância estadual, outro descendente, o Sr. Genival Matias Filho. A suposição ocorre pelo fato de resultados ainda sub-júdice no STF, em razão da lei dos ficha-limpa. Comenta-se que o Sr. Genival poderá não tomar posse e em seu lugar seja eleito outro candidato.

Diante desses boatos Fred é assediado pelos populares na feira, em Juazeirinho.

- E ai Dr. Fred que é que vamos fazer. Fizemos a maior festa para o homem com direito a carreata e tudo. E agora?

- Vocês têm uma saída. Fazer uma carreata de ré. – aconselha Fred com uma pitada de irreverência e ironia.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Debate na TV

Uma desinformação, uma perda de tempo, desditosa experiência, uma inutilidade, é como classifico o último debate na Tv Record, entre os candidatos ao Governo do Estado da Paraíba.


Nenhum ponto positivo a começar pelo desempenho cartesiano do apresentador e mediador almofadinha.

O que dever ia ser uma exposição de idéias e propostas divulgando a visão de cada candidato de como cuidar da coisa pública, não passou de uma acareação com acusações mútuas rebuscando coisas do passado que nenhuma importância oferece para o desenvolvimento sócio-econômico do Estado. Não foi um debate foi um embate.

Os atores ignorando e menosprezando a paciência e inteligência dos telespectadores repetem as mesmas catilinárias patéticas com agressões e denúncias de coisas miúdas.

O atual Governador José Maranhão de certa forma não conseguiu ocultar sua dificuldade de comunicação no vídeo chegando a escorregar nas cascas de banana adredemente jogadas pelo seu adversário.

Seu opositor Ricardo Coutinho aparentando mais intimidade com as câmaras e utilizou melhor os tempos disponíveis para perguntas e respostas mas no cerne da questão permaneceu no lugar comum criticando mas também olhando para o retrovisor instigando intrigas cartoriais. Nada acrescentou para estabelecer um diferencial.

Definitivamente por mais receptivo e paciente que seja o eleitor não dá mais para assistir esse tipo de confronto que mais parece uma rinha e não um debate onde cada um apresenta suas alternativas para o desenvolvimento do Estado.

Não posso acreditar que alguém faça um julgamento, de sã consciência, baseando-se na audiência de um desses debates. Não há méritos nem substância para formação de uma opinião sensata sobre cada proponente.

Diante de tanta inutilidade resta ao telespectador simplesmente desligar sua televisão ou selecionar outro canal.

Dia seguinte noticiam-se os comentários fulano venceu o debate, beltrano venceu o debate.

Na realidade ninguém venceu, o telespectador é que perdeu seu tempo.

sábado, 9 de outubro de 2010

A justiça de calças curtas.

As indefinições jurídicas quanto à elegibilidade de candidatos no pleito de 2010 estão causando a maior confusão e vão causar mais ainda na geografia dos eleitos para as câmaras estadual e federal.

Não precisa ser jurista para entender que os tribunais eleitorais agiram de forma equivocada ao considerar que os votos atribuídos aos candidatos “sub-judice” fossem considerado nulos.

Ora isso não deixa de ser uma censura prévia contrariando o princípio de presunção de inocência previsto em dispositivo constitucional que estabelece que ninguém será considerado culpado até trânsito em julgado de sentença penal condenatória (art. 5º, LVII)

Se a Corte não fez o julgamento dos recursos em tempo hábil, mesmo “sub-judice” o canditato está na disputa, portanto não se poderia pura e simplesmente anular seus votos como é o caso de Cássio Cunha lima que obteve mais de um milhão de sufrágios.

Nas eleições proporcionais o problema resulta numa confusão maior, pois os votos auferidos por candidatos sub-judice são para o próprio candidato, mas também para o partido e para a coligação. Desta forma o cálculo dos coeficientes eleitorais e a geografia dos eleitos fica também sub judice. Candidatos hoje considerados eleitos podem “dançar” amanhã caso o julgamento do TSE venha a ser adverso.

O ex-ministro do TSE Torquato Jardim disse em entrevista ao Estado de Minas que qualquer projeção que se faça decomposição de bancadas da Câmara ou de assembléias legislativas será provisória até que a Justiça defina as regras, em caráter permanente.

Só existe um único culpado para toda essa confusão OS TRIBUNAIS ELEITORAIS que sob profunda madorra protelaram o julgamento.

Os recursos têm que ser julgados antes da diplomação e até lá muita água passará debaixo da ponte. Tem muito candidato festejando os resultados hoje e que poderão amargar um revés amanhã. Da mesma forma muitos inconsolados poderão assumir seus mandatos dependendo do resultado do julgamento dos fichas limpas

Vamos aguardar para ver.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Toinho do Sopão – o camaleão

Campeão de votos na última eleição, Toinho do Sopão decepcionou seus eleitores antes mesmo de tomar posse.

Em menos de vinte e quatro horas o recém eleito deputado estadual ostentando a maior votação já auferida por um candidato, na Paraíba, muda de opinião três vezes consecutivas.

Como o apóstolo Pedro que negou Cristo três vezes, João muda três vezes como será seu comportamento em relação ao candidato que apoiará no segundo turno.

- Tenho que ser fiel aos meus eleitores - disse alto e bom som num programa de TV na noite de segunda feira.

- Pessoalmente votei em Ricardo por razões ditadas pela coligação. Agora metade dos meus eleitores votou em Ricardo e metade em Maranhão, portanto não posso declarar publicamente meu apoio a um ou outro.

Na quarta feira pela manhã assisti e ouvi sua declaração que só conversaria com o governador no dia primeiro de Janeiro de 2011.

À tarde do mesmo dia noticiou-se que ele estaria apoiando Maranhão.

Hoje quinta feira ele divulga que não apóia ninguém e que sobre esse assunto iria aguardar a posição do seu partido.

Convenhamos não é um comportamento confiável.

Nada contra as mudanças. Como disse o ex-presidente John Kennedy: A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.

Mas a mudança estabanada, a mudança de supetão, a mudança oportunista transforma seu autor num camaleão, num ente não confiável e demonstra frivolidade e leviandade.

Confesso que a princípio cheguei a dar crédito a Toinho quando o assisti na TV sendo sabatinado por um grupo de repórteres experientes.

De repente o mito que surgiu meteoricamente como um fenômeno político desmoronou e demonstrou ter um vôo curto, um vôo de galinha. Toinho do Sopão está fadado a ser um deputado de um só mandato. Um anacoreta, produto genérico do Paraguai.

É uma pena e uma decepção para seus milhares de eleitores.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dilma ou Serra, Ricardo ou Maranhão.

Quem procura uma vaga de Porteiro, de Contador, de Engenheiro ou Gari, enfim de qualquer o ocupação é submetido a uma parafernália de investigação. Ficha corrida na polícia, teste de aptidão, teste psicológico, escolaridade, experiência profissional, culminando com um a entrevista onde se procura identificar características pessoais do interessado como a postura, reação às pressões, sua apresentação, empatia e outros atributos.

Se existem esses cuidados para qualquer emprego o que dizer para quem postula o maior e mais importante cargo do País ou do Estado.

Alguém que será responsável pela administração do Estado Brasileiro cujas ações irão interferir diretamente no seio da sociedade. Pessoas que deverão ser o guardião de todas as riquezas existentes ou que venham a ser produzidas no Pais. Que irão tomar decisões importantes para os rumos da nação durante os próximos quatro anos. Não dá, portanto, para errar. Mas como escolher? Eis o desafio.

Ao fazer sua opção na escolha do seu candidato à Presidência da República ou Governador do Estado nada mais justo e oportuno que se adotar um questionário identificar o melhor ou o menos ruim.

Considere uma pauta mínima para sua análise como:

A vida pregressa do candidato; procurar conhecer se ele já esteve envolvido em algum ilícito;

Sua experiência para o cargo,o que foi que ele já fez na vida e como se saiu em suas ocupações;

A corte do candidato, ou seja, as pessoas com quem ele se envolve e que possivelmente serão convidadas a participar do governo;

O caráter, ao falar em público que imagem ele projeta, parece ser sincero e íntegro;

Agora em campanha como ele se apresenta com o mesmo visual que o caracterizava ou houve alguma mudança artificial para impressionar os eleitores.

Por fim se ele tem alguma proposta de governo analisar se são propostas estruturantes ou simplesmente assistencialista ou populistas.

Respondendo com honestidade esses quesitos certamente você fará uma boa escolha dentre as opões que lhe são postas.

O voto é a única arma que dispomos

Vote consciente pensando no que é bom para todos e abomine de uma vez por todas a escolha com interesses menores.

O mais importante, porém, é que o eleitor, no dia, tenha convicção sobre suas escolhas, que sustente a sua opinião, independentemente de pesquisas e do assédio dos políticos, das promessas miraculosas. Exercite sua cidadania e faça valer sua escolha soberana.

Votando com convicção de que procurou escolher o melhor para o País, você terá a consciência tranqüila.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Toinho do Sopão & Tiririca

Não precisa ser um cientista político para entender determinados comportamentos sociais verificados nas últimas eleições.

Não entendo por exemplo, a votação fenomenal alcançada pelo palhaço Tiririca, em São Paulo ou pelo popular Toinho do Sopão, em João Pessoa, simplesmente como voto de protesto.

Os votos de Tiririca na realidade representam, no meu julgamento, uma gozação, uma irreverência juvenil.

A juventude brasileira cansada com o comportamento antiético e licencioso dos políticos mergulhados em escândalos e falcatruas de toda natureza de repente concluiu que não tinha outra opção senão votar numa piada, numa brincadeira e acharam por bem avacalhar tudo.

Já Toinho do Sopão apostou no mesmo argumento do bolsa família responsável por milhares de votos para a candidata chapa branca – a barriga.

É um indicador inconteste de que a pobreza é maioria da sociedade brasileira.

Vejamos como é formada a pirâmide social.

Quem está na base da pirâmide?

Justamente a grande legião dos desempregados, dos sub empregados dos operários da informalidade ou daqueles que tentam sobreviver com salário mínimo.

Ai está o universo de Toinho do Sopão. Uma legião a quem pouco importa se o seu ungido está ou não preparado para desempenhar a função.

Votam mais por reconhecimento, por um troco pela comida recebida.

Ai estão os 60 mil votos de Toinho.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Para onde caminha a humanidade.

Percorrendo de relance algumas páginas da história estarrece a conclusão que o tempo continua passando e a cada geração os valores humanos se deterioram e as liberdades continuam crescendo ao ponto de tornarem-se “libertinagem”.

Não há mais o respeito pelos pais, professores, idosos, pela própria vida humana.

A falta de amor é geral e, em conseqüência disso, nossos jovens são seres cada vez mais tristes, sem perspectivas de dias melhores.

Os valores humanos desmancham-se como neve perdidos no emaranhado da violência urbana, do terrorismo suicida de iraquianos e palestinos.

O pensador francês J.J. Rousseau achou que o caminho da humanidade seria retornar ao seu estado de ingenuidade primitiva.

O fato gerou um sonho que logo foi abraçado por muitos anos, tornou-se propulsor de movimentos sociais revolucionários conduzindo operários ao poder e acabou não dando certo.

Vivemos em um mundo onde ninguém tem tempo para nada, só se pensa em trabalho, dinheiro, estabilidade, segurança, sem laços afetivos todos correm para cá e para lá. Estas são algumas das características do mundo global, do mundo capitalista, onde vence quem tem mais poder e tem mais poder quem tem mais dinheiro.

Entre prós e contras esquecemo-nos de amar e nos dedicar mais atenciosamente aos sentimentos.

As pessoas se comportam como cegos no tiroteio.

O amor deu lugar a fetiches sexuais.

As juras em altar religioso têm vida efêmera. Os casais deitam-se casados e acordam separados.

Os valores morais foram substituídos por sacanagem.

A sociedade cria seus próprios monstros e não tem onde guardá-los.

A consciência política da juventude reprime políticos como Marcos Maciel, Tasso Jereissati, Virgílio Távora e elege com mais de um milhão de votos um brinquedo chamado Tiririca.

É de se perguntar: Para onde caminha a humanidade?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O melhor amigo do homem


Zulu na copa 2010


Sempre gostei muito de cachorros. Refíro-me ao de quatro pernas, pois o de duas, vade retro satana.

Quando eu não morava em apartamento criava pastores alemães. Contrariando a opinião de certos especialistas julgo esse cão o mais inteligente dos canídeos.

Muitos deles se infiltraram na nossa família numa convivência como se dela fossem.

Os primeiros foram os mestiços Apolo e Fanny. Apolo era filho de um cão pastor do meu estimado amigo Zé Aldo Guedes Pereira e Fanny, uma cadela Belga, que me foi presenteada pelo caríssimo amigo Alexandre Maia. Depois chegaram dois outros, estes de pedigree comprovado: Fando do Zignal e Henna do Yg Apoaçu.

Fando foi um presente do meu saudoso amigo Engenheiro Márcio Batista que o trouxe de Salvador, Bahia e Henna uma linda cadela “capa preta” adquirida no canil do amigo Guarany Viana renomado cinófilo nestas praias.

Fando era filho de uma campeã. Xuxa do VBale dos Barris ostentando por três vezes o título de melhor padreadora do Estado de São Paulo na década de 90.

No meu conhecimento, foi ele, até hoje, o cão que mais se aproximou do padrão de sua raça. Bem proporcionado, harmonioso, dotado de uma personalidade marcante, destemido sem ser hostil e de uma nobreza natural e marcante.

Henna era uma esbelta cadela belga, também de um porte elegantíssimo, muito vivaz e companheira. Conviveu conosco pouco tempo embora o suficiente para angariar carinho e amor. Ainda muito nova nos foi roubada por um namorado de uma ex-empregada e nunca pudemos retomá-la.

Agora dividimos o apartamento com um novo exemplar, presente de Maurício Filho.

Trata-se de Zulu um belíssimo representante da raça dos Cocker Spaniel preto.

Esse veio de encomenda. Comunica-se em dois idiomas português e inglês.

Mês passado hospedamos uma jovem americana Halley que dele logo fez amizade.

Halley conversava em inglês e nós em Português e Zulu não perdia a fleuma. Respondia a todos os carinhos e comandos sem atropelos.

Zulu tem uma faculdade extraordinária de comunicação. É impressionante como ele exprime sentimentos de alegria, de tristeza, de atenção, de medo, de dor, dependendo do seu humor.

Muito guloso e extremamente carente. Chega a adoecer quando lhe é negado o carinho e atenção. Sua manutenção é uma mão de obra dos infernos, banho, tosa, passeios diários, cuidados com a saúde, carrapatos, dermatites, otites, mas tudo é incalculavelmente compensador considerando o que se tem em troca.