quinta-feira, 16 de maio de 2013

Rousseff versus Thatcher

Margaret (Hilda) Thatcher foi primeira- ministra do Reino Unido no período de 1979 a 1990.

No início de sua gestão a Inglaterra amargava um dos piores momentos de sua história convivendo com uma inflação que alcançou o patamar de 18%, em 1980. Margaret adotou medidas drásticas para conter a alta inflacionária conseguindo reduzi-la para 8,6%, em 1982.

Sua estratégia na política  financeira reconduziu o país  para uma posição de destaque no cenário europeu. Para alcançar seus objetivos pagou caro a conta com altos índices de impopularidade. Desemprego e diminuição da produção industrial foram os principais problemas resultantes da nova política antiinflacionária.

Privatizou estatais de telecomunicações, petróleo, gás, portos, siderurgia, indústria aeroespacial, aviação e automóveis. Endureceu com os sindicatos. Foi duramente criticada, mas sua determinação e coragem que lhe valeu o epíteto de “Dama de Ferro” contribuíram para sua recondução ao cargo por três vezes.

Há quem vislumbre semelhança   entre a primeira ministra com a presidente Rousseff.

Refuto categoricamente a esdrúxula  comparação. Nem com o mais possante zoom identifico qualquer identidade entre ambas a não ser no temperamento. Aí sim. Pode até em algum momento aproximarem-se. Nas intenções e propósitos elas são antagônicas e diametralmente opostas. Thatcher expôs-se às críticas e ganhou impopularidade por suas convicções e desejo incontido de alcançar o bem da Inglaterra. Rousseff, entretanto preocupa-se tão somente com seus índices de aceitação popular visando a reeleição. Cada passo, cada gesto seu é cuidadosamente planejado para impressionar a platéia e capitalizar futuros votos.

“Não vamos parar de crescer”, enfatiza  sem importar as conseqüências de sua decisão.

Cerceia a ação dos responsáveis pela política financeira dando a mínima para os resultados.

Com o pensamento fixo em ser reconduzida ao cargo em 2014 ignora o comportamento do mercado talvez imaginando que seus poderes sejam uma varinha de condão capaz de afastar as adversidades com magia.

Enquanto isso o fantasma da inflação ameaça todos os dias a economia brasileira. So não vê o insensato e o egoista.

Só não vê o insensato e o egoísta.