No início de sua gestão a Inglaterra
amargava um dos piores momentos de sua história convivendo com uma inflação que
alcançou o patamar de 18%, em 1980. Margaret adotou medidas drásticas para conter
a alta inflacionária conseguindo reduzi-la para 8,6%, em 1982.
Sua estratégia na política financeira reconduziu o país para uma posição de destaque no cenário europeu.
Para alcançar seus objetivos pagou caro a conta com altos índices de
impopularidade. Desemprego e diminuição da produção industrial foram os
principais problemas resultantes da nova política antiinflacionária.
Privatizou estatais de telecomunicações,
petróleo, gás, portos, siderurgia, indústria aeroespacial, aviação e
automóveis. Endureceu com os sindicatos. Foi duramente criticada, mas sua
determinação e coragem que lhe valeu o epíteto de “Dama de Ferro” contribuíram
para sua recondução ao cargo por três vezes.
Há quem vislumbre semelhança entre a primeira ministra com a presidente
Rousseff.
Refuto categoricamente a esdrúxula comparação. Nem com o mais possante zoom
identifico qualquer identidade entre ambas a não ser no temperamento. Aí sim. Pode
até em algum momento aproximarem-se. Nas intenções e propósitos elas são
antagônicas e diametralmente opostas. Thatcher expôs-se às críticas e ganhou
impopularidade por suas convicções e desejo incontido de alcançar o bem da
Inglaterra. Rousseff, entretanto preocupa-se tão somente com seus índices de
aceitação popular visando a reeleição. Cada passo, cada gesto seu é cuidadosamente
planejado para impressionar a platéia e capitalizar futuros votos.
“Não vamos parar de crescer”,
enfatiza sem importar as conseqüências de
sua decisão.
Cerceia a ação dos responsáveis
pela política financeira dando a mínima para os resultados.
Com o pensamento fixo em ser reconduzida
ao cargo em 2014 ignora o comportamento do mercado talvez imaginando que seus
poderes sejam uma varinha de condão capaz de afastar as adversidades com magia.
Enquanto isso o fantasma da inflação
ameaça todos os dias a economia brasileira. So não vê o insensato e o egoista.
Só não vê o insensato e o egoísta.