segunda-feira, 7 de março de 2016

Condução coercitiva

O jovem e brilhante advogado Rodrigo Soares, hoje integrando os quadros da Secretaria Geral da Presidência da República, como Chefe de Gabinete, publicou na rede social um artigo de apoio ao ex-presidente Lula. O artigo, por sinal muito bem escrito, denuncia a indignação do autor com a condução coercitiva de Lula e defende o líder petista enaltecendo seus feitos durante o exercício da presidência e anuncia que não existe prisão para custodiar quem realizou tantos benefícios para a sociedade brasileira notadamente para as classes menos favorecidas. Até certo ponto é compreensível a reação e os argumentos do ilustre Advogado em defesa de seu companheiro de partido. No meu julgamento Rodrigo, que muito me honra com sua amizade, é uma pessoa íntegra e muito bem intencionada, mas no caso em apreço me parece equivocado ao realçar os atributos e méritos de seu aliado político. Lula ficará perpetuamente preso na memória dos brasileiros pelas centenas de milhares de escolas e hospitais que deixaram de ser construídos em razão dos desvios dos recursos nos “propinodutos” do seu governo e sucessores, pelos bilhões de Reais surrupiados dos cofres públicos com leniência do governo do PT, pelo desaparelhamento do Estado, pelo desencadeamento de uma prática nefasta de atos ilícitos e corrupção no intuito de se manter no poder. Lula ficará eternamente preso na memoria do inconsciente coletivo como o homem que via tudo, tinha conhecimento de tudo, sabia dos gravames e de suas consequências e sempre jurou de pés juntos que nada sabia. Evidentemente não se pode obscurecer que durante seu governo ele conseguiu algum avanço na área social, mas a custo de um legado que precisará muitas e muitas gerações para curar as mazelas provocadas pela súcia delinquente que com ele governou. Lula ficará para sempre irrogado com a pecha de quem teve todas as condições políticas para promover as grandes reformas reclamadas pela sociedade todavia preferiu preocupar-se com estratégias escusas que lhe garantissem a perpetuação no poder. Seus pecados são infinitamente maiores que suas parcas virtudes consequentemente não pode ser absolvido.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Um discurso subalterno

Estupefato foi como me senti ao escutar Pela Rádio Senado, neste final de Fevereiro, o pronunciamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT do Paraná) em defesa do ex-presidente Lula. O discurso por um lado demonstra um sentimento de lealdade e companheirismo da Senadora para com seu líder maior e por outro lado denuncia um comportamento subalterno e um exagero exacerbado. Segundo a Senadora Lula está sendo vitima de um complô das elites por defender uma política de amparo à pobreza. Ao seu julgamento o ex-presidente Lula foi o maior e melhor Presidente da República de todos os tempos. Mais ainda em termos de liderança estabelecendo-se um ranking mundial Lula vem logo após Jesus Cristo. Segundo ela o ex-presidente defende que as classes dominantes inverte os papeis quando coloca em primeiro lugar o mercado e em segundo plano olhar para o povo. Assim para angariar a simpatia das classes menos favorecidas ele insiste na defesa de ideias populistas e sensacionalistas para aliciar as classes sociais de menor poder aquisitivo. Analisando com responsabilidade a situação da crise econômica não há como discordar que salvar primeiro o povo depois o mercado é uma visão populista e irresponsável. Num diagnóstico correto infere-se que numa relação de causa e efeito, primeiro há que se consertar a economia para que haja desenvolvimento. Os benefícios para a sociedade são consequência.