segunda-feira, 27 de junho de 2016

A Nação ferida e seus dois algozes

Vivenciamos um momento de crises generalizadas sem precedentes na história da República. Crise financeira, crise política e socioeconômica. A sociedade aturdida e aflita se encontra mergulhada num mar de lama sem vislumbrar um porto seguro. Houve uma deterioração invulgar do tecido social e dos fundamentos do que é certo e do que é errado. Nesse avalanche de impropriedades o mal e o bem se confundem numa promiscuidade doentia. A corrução alastra-se como um turbilhão avassalador e se propaga em todas as direções e em todos os níveis da administração pública. Para o discernimento do que correto e do que é ilícito não mais existe escolha. A Nação ultrajada também não tem escolha. Toda comunidade política atual está contaminada por uma espécie de vírus causador de uma pandemia incurável. Todos de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, incursos em delitos penais. Difícil encontrar algum honesto. Se alguma exceção existe não se pode identificar. Os ilícitos praticados pelos agentes públicos ocupam toda cadeia prevista no Código Penal. Lavagem de dinheiro, Estelionato, Prevaricação, Calúnia, Difamação, Injúria, Furto, Roubo, Extorsão, Falsidade ideológica, Peculato, Concussão, Corrução ativa, Corrução passiva, Tráfico de influência, Fraude, Apropriação indébita. Este cenário nos conduziu a uma situação inusitada: a República atualmente tem dois presidentes, um em exercício interinamente e outro afastado. A sociedade vacila numa dúvida atroz. Quem deveria continuar governando. Dilma ou Temer? Considerando o comportamento dos dois mandatários e o perfil do entourage de cada um é o mesmo que se perguntar: O que é melhor pular do 19º andar ou do 21º? Ou então: Que você prefere morrer de câncer ou da febre Chikungunya? Qualquer que seja a resposta essa o levará para sete palmos debaixo da terra. Estamos, pois fadados a sucumbir. Adeus esperança!