quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O dia que nasci.

Caros amigos, passei um tempão fora do ar.
Na verdade o que aconteceu foi uma inapetência originada pela junção da preguiça com a falta de inspiração.
Entretanto antes de ontem ocorreu um fato que me encheu de felicidade e abalou minhas estruturas.
O nascimento de minha primeira neta LUISA.
Aqui neste espaço onde brinco de escrever registro suas primeiras impressões ao adentrar ao novo mundo.

O DIA QUE NASCI



Nasci num dia lindo de inverno, 23 de Agosto de 2010.

Meu advento não causou maiores surpresas uma vez que meus pais haviam instalado um reality show e bisbilhotavam minha vida quase toda semana. Entretanto era visível a satisfação e alegria com que todos me esperavam. De início estranhei um pouco o novo ambiente ao deixar o lugar em que estava há nove meses, na maior mordomia, a barriga de minha mãe, um cantinho calmo, silencioso, morninho e aconchegante. Agora uma claridade ofuscante, muita gente e muito barulho. Mas logo me acostumei e adorei.

Antecedendo minha chegada muitas coisas resolveram por mim sem que eu pudesse participar, a começar pelo nome como serei batizada: LUISA. Graças a Deus gostei muito.

Depois foi meu quarto que também foi ambientado sem me consultarem. Ainda bem que meu pai e minha mãe são arquitetos e bolaram um cômodo muito bonito, confortável e decorado com muito esmero.

O quarto é todo clarinho com variações entre rosa e bege como se vê na foto ao lado.

Acima do meu bercinho há um objeto não identificado. Depois fiquei sabendo que é um artefato para distração que emite uns feixes luminosos e toca uma musiquinha que já decorei.

Ao lado, sobre uma cômoda, encontra-se outro big brother (uma babá eletrônica) instalada para vigiar quando eu estiver sozinha.

Em frente à cômoda há um armário lindo onde encontrei tanta roupa que nem sei se vou poder usar todas. Tem nada não é melhor sobrar que faltar, né?

Por último uma cama para alguém me fazer companhia.

Tudo está muito lindo, maravilhoso, entretanto o que mais gostei foi um dispositivo instalado próximo à porta de entrada que controla a intensidade da luz no quarto, lamento não existir um engenho desse para controlar também o som ambiental.

Ainda na maternidade manifestei minha repulsa através de minha expressão facial, mas ninguém entendeu bulhufas de minha mensagem contra uma enfermeira careta que resolveu furar minha orelhinha. Quis dar uma bronca, mas não tive como me comunicar. Ouvi um comentário que era pra colocar um brinco, um acessório adorado pelos adultos e uma prática inútil, herança dos nossos ancestrais e convencionada pela sociedade de consumo como objeto de adorno. Deixa pra lá, não é por isso que vou começar a vida me estressando.

Apesar da barriga da mamãe ser a melhor, a mais luxuosa e a mais segura moradia do mundo estava ansiosa para conviver com minha família, conhecer de perto meu tio Gustavo, minha tia Emília e meus avós João, Valdelice, Maurício e Merinha e todos meus ascendentes. Aliás, eu Já estava acostumada e reconhecendo suas vozes só não tinha idéia da aparência de cada um.

Agora estou vendo que todos são muito simpáticos e agradáveis exatamente como eu imaginava. Acho que vou me dar muito bem com todos eles e vou amá-los bastante.

Outra enorme curiosidade que me deixava inquieta era saber como eram Zulu, Frida e Dolly.

Para mim não foi surpresa, eu já desconfiava, eles são uma doçura. Vou brincar muito com eles.

Paizinho e Mãezinha quando lerem este registro pensem bem no seguinte: sei que de início vou dar um pouquinho de trabalho, principalmente durante a noite, até que eu me acostume nesse novo mundo, mas não liga não é só um tempinho e saibam que adoro vocês de montão desde o tempo da barriga.

Um beijão,

Luisa.