Acabou o sonho e o País volta à normalidade.
Durante dezoito dias toda nação permaneceu numa espécie de letargia coletiva.
Aos olhos da nação adormecida nada importava a não ser a esperança depositada nos pés de onze atletas brasileiros.
As atividades políticas e sociais, o mercado, os atos de violência urbana, as pesquisas eleitorais sobre a sucessão presidencial, nada conseguia superar as expectativas e a motivação originada dos jogos da copa do mundo.
A vida restringia-se aos passes e dribles que aconteciam em cada partida realizada no continente africano.
De repente uma adversidade inesperada desconfigura todo esse cenário.
A seleção brasileira sofre a primeira derrota frente à equipe holandesa e é forçada a abandonar o campeonato provocando uma frustração coletiva.
Cai o manto da invencibilidade resultando a desolação que se instala no coração de cada brasileiro.
Chora o homem, mulher e criança.
É a Pátria ferida.
A partida com a Holanda teve lances de euforia como o gol de Robinho e de desencanto como o gol contra de Felipe Melo este, aliás, expulso por um gesto impensado e intempestivo. Nem todo mundo está preparado para administrar pressões.
Passa a página da história nos permitindo enxergar a crua realidade do dia a dia.
Os noticiários televisivos retomam os temas em voga. Os desastres vitimando pessoas em Pernambuco e Alagoas, as pesquisas de opinião registrando empate entre os presidenciáveis, alguns “ficha sujas” conseguindo se livrar dos impedimentos e a seleção retorna para hibernar por mais quatro anos à espera da nova copa quando se renovarão as esperanças do esperado hexa.
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