terça-feira, 1 de março de 2011

Dicas & Tricas II

Segunda parte Buenos Aires.


Antes de qualquer coisa devo acrescentar que ontem me esqueci de comentar sobre um restaurante giratório em Santiago que é um verdadeiro deslumbre. Fica no bairro da Providência. Vista espetacular da cidade. Serviço nota dez e ótima comida. Compensa dar uma chegadinha. (Preços razoáveis: dois pratos + vinho =32.200 pesos chilenos = R$ 107,00)


Um lembrete o câmbio comportava-se com 1 Real = 2,23 pesos argentinos e 299,2 pesos chilenos.

Hospedamo-nos no Grand King Hotel, muito bem localizado na Rua Lavalle entre as ruas Florida e San Martin. Um bom hotel considerando o preço das diárias. Só um pequeno inconveniente é que a Lavalle é uma rua de pedestre. Para compensar a primeira esquina dista 50 metros da Portaria do hotel e os taxis podem ter acesso.

Logo após as acomodações no hotel fomos à feirinha de Santelmo onde almoçamos.

Segunda à noite fomos ao Tango Portenho. Paga-se $ 120 por pessoa sem o jantar.

Em nossa mesa tivemos a companhia um jovem casal londrino, Sofia e Jaime, ambos muito simpáticos. Sofia parecia mais uma linda Catarinense. O show muito bem o montado com excelente iluminação. Dia seguinte fomos ao passeio do Rio Tigre. Rápida parada em S. Izidro onde visitamos uma linda capela estilo gótico. Ao adentrar o distrito de Buenos Aires pode-se ver a maior favela da cidade a Favela 31, com mais de 6000 pessoas. Divisamos uma casa de madeira exposta num enorme poste metálico. Trata-se da publicidade de um programa habitacional de casas populares de uma ONG chamada “Un techo para mi País”.

O passeio de barco no delta do Tigre é muito interessante. O arquipélago é formado por mais de 1000 ilhas, todas com habitação, escolas e mercados. Nossa guia Cláudia, uma portenha espirituosíssima tornou o passeio mais agradável ainda. Paga-se $130,00 por pessoa. Saímos 09:30 e voltamos às 15:00 horas.

Na segunda feira almoço no restaurante La Chacra, na Av. Cordoba, 941. Uma casa fundada em 1976, muito bonita, decoração típica dos Pampas. Comemos um chorizo e degustamos um excelente vinho de uva Malbec “ La Linda”. E por falar na Av. Cordoba merece registro a exuberante beleza arquitetônica do edifício onde funciona a Polícia Naval localizado na esquina da Cordoba com a Florida.

Dia 15 fomos ao Abastos, precisamente no Museu Carlos Gardel. Dividimos o espaço com um grupo de crianças de um colégio local.

Ali fiquei sabendo que Alfredo Le Pera, o paulista parceiro de Gardel, morreu no mesmo acidente que vitimou Gardel mais 15 pessoas. Ao todo foram 17 pessoas carbonizadas.

Gardel voltava de um giro artístico pela América, vinha de Bogotá e ia para Cali quando um trimotor da companhia aérea S.A.C.O chocou-se com outra aeronave no aeroporto Olaya Herrera, em Medellin, Colombia.

O acidente ocorreu no dia 24 de junho de 1935.

O corpo carbonizado de Gardel só foi reconhecido pelo enorme anel de ouro e diamantes que usava na mão esquerda.

É realmente impressionante o número de fumantes em Buenos Aires. Nas ruas encontramos a todo instante jovens, adultos e idosos num fumacê geral. Muitos restaurantes apõem placas anunciando – aqui área de fumantes.

Dia seguinte participamos de uma cerimônia cívica em comemoração à independência do México, na Praça San Martin, com a presença de autoridades governamentais dos dois países, México e Argentina. Na praça um obelisco chamou-me atenção com inscrições do poeta espanhol Esteban Echeverria (1855 – 1935):

“Los escravos o los hombres sometidos al poder absoluto no tienem pátria porque la Patria no se vincula a la tierra natal sino em el libre exercício de los derechos ciudadanos.”

“Vosotros Argentinos luchas por la democracia de Mayo y vuestra causa no solo ES legitima sino t ambien santa ante los ojos de dios y de los pueblos livres Del mundo”.

“Miserables de aquellos que vacilan cuando la tirania se ceba en las entrañas de la Patria”.

Durante todo dia a TV não para de anunciar o casamento de Roberto Piazza um gay editor de modas muito prestigiado que casou na tarde de hoje com outro gay seu parceiro Walter Vásquez, com cerimônia no civil e religioso, com direito a um prolongado beijo na boca assunto ventilado e divulgado com destaque em todos os canais de TV.

No café da manhã comentei o fato com um amigo que fiz na viagem, um aguerrido gaucho, Juiz de Direito aposentado de nome Milton Foojen. Perguntei sua opinião ao que ele me retrucou: Maurício, estou adorando, só assim nascem menos argentinos – e deu uma enorme gargalhada. Brincadeirinha com todo respeito e admiração que tenho aos portenhos.

Hoje para combater o cansaço das andanças diurnas jantamos no próprio hotel. Um pollo com papas fritas e uma garrafa de vinho tinto “Pequeña Vazija”. No sec. XVIII se utilizavam pequenas quantidades de vinho em vasilhas de barro daí a origem do nome deste vinho produzido em Mendoza . No rótulo há uma imagem de uma das 4500 peças que hoje pertencem à coleção do Mundo do Vinho da Bodega La Rural.

Fim da viagem, foi bom enquanto durou.

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