quarta-feira, 16 de março de 2011

Ociosidade

Às vezes tenho vontade de escrever um livro, não por satisfação pessoal ou uma manifestação do inconsciente, mas por necessidade de preencher o tempo. Criar um mecanismo de defesa contra o lado nefasto da ociosidade.


Não ter o que fazer é uma das piores coisas do mundo e ter criatividade para preencher os minutos de cada hora é um desafio que muitos não conseguem e se entregam a um “laisser faire” como diria Sarkozy , ou “Dolce far niente” falando como Berlusconi.

A ociosidade é um caminho curto com endereço certo para o desequilíbrio emocional e para a loucura.

Daí escrevo o que me vem à tona, mesmo sem nexo. Sei que parece uma coisa meio idiota quando visto por quem ainda não identificou o problema. A questão da comunicação, de se ter o que fazer, de sentir-se útil. Quando esgotarem-se todas alternativas de ocupação eleja uma futilidade como seu campo de ação.

Lembra daquele filme com Tom Hanks que passou dias e dias como náufrago numa ilha deserta? Lembram-se qual foi sua saída para o isolamento? Foi aquela bola de vôlei que ele nomeou como Wilson. Conversava com ela horas e horas como se fosse um ente vivo. Era sua válvula de escape para sanear a mente e equilibrar seu cosmos.

Muito interessante seria como pensou o fabuloso e genial Chaplin numa hipótese traduzida no cinema na película “O curioso caso de Benjamin Button”. Sua existência teria começo no fim da terceira idade e daí em diante você iria remoçando ano a ano até tudo acabar num grande orgasmo.

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