segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Tsunami financeiro

Os bancos suíços são mundialmente procurados para guarda das grandes fortunas de origem duvidosa.

O encanto deve-se ao fato das leis suíças proibirem que os banqueiros divulguem a existência da sua conta ou dê quaisquer outras informações a esse respeito sem o consentimento dos titulares com exceção de determinadas circunstâncias.

Esta confidencialidade é institucionalizada no artigo 47 da Lei Federal de bancos e caixas econômicas, (Federal Law on Banks and Savings Banks), que entrou em vigor em 8 de novembro de 1934.

Esta lei garante que o sigilo bancário de um cliente seja inviolável considerado sagrado sob pena de pesadas sanções impostas aos bancos ou funcionários bancários que violarem a confiança de um cliente. Mesmo os titulares da conta corrente são abrangidos por este dispositivo legal de privacidade e confidencialidade.

Esta prática remonta ha mais de 300 anos.

Se um banqueiro divulgar informações sobre uma conta bancária sem permissão, ele irá sofrer um processo imediato por parte de um promotor público suíço. Os banqueiros enfrentam até seis meses de prisão e uma multa de até 50 mil francos suíços.

As únicas exceções à regra de privacidade dos serviços bancários na Suíça são atividades criminosas, como tráfico de drogas, uso indevido de informações privilegiadas ou crime organizado.

Outro parâmetro catalisador da preferência dos grandes investidores por bancos suíços prende-se ao fato de que há anos, a Suíça possui uma economia e uma infra-estrutura extremamente estáveis e não entra em guerra com nenhum outro país desde 1505.

Entretanto esse “céu de brigadeiro” na economia helvética está sob ameaça.

O Sistema bancário Suiço corre sérios riscos de uma débâcle.

São as fortes pressões que os países europeus e principalmente os EE.UU estão exercendo no sentido quebra do sigilo bancário.

Itália, por exemplo, ofereceu uma anistia fiscal aos cidadãos italianos que retirarem as suas contas bancárias na Suíça e depositarem em seu próprio país, resultando em cerca de US $ 35.000 milhões serem transferidos da Suíça e uma perda estimada de US $ 350 milhões em receita para o setor bancário privado suíço.

Recentemente o Presidente Barack Obama avalizou uma estratégia pressionando e conseguindo que um dos maiores bancos suíços (USB AG – Union Bank of Sswitzerland) divulgasse dados financeiros de algumas centenas de aplicadores americanos.Agora já se propugna para quebra do sigilo de 2.500 aplicadores americanos.

É o início da hecatombe financeira.

Quem viver verá.

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