quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A renúncia de Bento XVI


O mundo inteiro está perplexo com a renúncia do Papa Bento XVI previamente anunciada para o dia 28 de Fevereiro próximo.

As especulações sobre os motivos do inesperado gesto papal são as mais diversificadas.

A Igreja católica defendendo seus tabus tem amargado um distanciamento e indiferença de muitos católicos ao redor do mundo.

Tomando-se como exemplo o Brasil por ser um dos países de maior densidade católica do mundo 96% dos jovens brasileiros católicos são favoráveis ao uso da camisinha para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

 Esta e outras constatações como sexo antes do casamento, o aborto são temas polêmicos que precisam ser enfrentados pelo catolicismo para continuar exercendo seu papel aglutinador e sob pena de perder espaço para outras doutrinas.

O enfrentamento dessas questões em Roma requer a liderança de um Sumo Pontífice liberal com ideal heterodoxo.

O cientista da religião Jung Mo Sung, da Universidade Metodista do Estado de São Paulo (Umesp) afirma que  “Bento XVI prefere uma Igreja menor e mais atuante em vez de uma maior sem atuação coerente e consistente”.

Além da queda vertiginosa de seus adeptos a Igreja Católica tem experimentado  um processo de desvirtuamento de seus ofícios.

A comunidade cristã tem procurado a Igreja como se fosse um supermercado.

Elaboram verdadeiros shows artísticos nos casamentos e batisados, como se fosse uma produção hollywoodiana sobrepujando os princípios fundamentais do catolicismo.

“Vivemos uma igreja fast-food.”

Em sendo Papa Bento XVI notadamente conservador deve vir sofrendo um assédio espetacular dos cardeais que desejam estas mudanças.

Acredito ser esta uma das principais razões de sua renúncia.

 Pela primeira vez ouvivremos falar de um ex-Papa.

Em março deveremos ter dois papas, um com poder e outro sem.

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