O mundo inteiro está perplexo com a renúncia do Papa Bento
XVI previamente anunciada para o dia 28 de Fevereiro próximo.
As especulações sobre os motivos do inesperado gesto papal são
as mais diversificadas.
A Igreja católica defendendo seus tabus tem amargado um
distanciamento e indiferença de muitos católicos ao redor do mundo.
Tomando-se como exemplo o Brasil por ser um dos países de
maior densidade católica do mundo 96% dos jovens brasileiros católicos são
favoráveis ao uso da camisinha para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
Esta e outras
constatações como sexo antes do casamento, o aborto são temas polêmicos que
precisam ser enfrentados pelo catolicismo para continuar exercendo seu papel
aglutinador e sob pena de perder espaço para outras doutrinas.
O enfrentamento dessas questões em Roma requer a
liderança de um Sumo Pontífice liberal com ideal heterodoxo.
O cientista da religião Jung Mo Sung, da Universidade
Metodista do Estado de São Paulo (Umesp) afirma que “Bento XVI prefere uma Igreja menor e mais atuante em vez de uma maior
sem atuação coerente e consistente”.
Além da queda
vertiginosa de seus adeptos a Igreja Católica tem experimentado um processo de desvirtuamento de seus
ofícios.
A comunidade
cristã tem procurado a Igreja como se fosse um supermercado.
Elaboram
verdadeiros shows artísticos nos casamentos e batisados, como se fosse uma
produção hollywoodiana sobrepujando os princípios fundamentais do catolicismo.
“Vivemos uma
igreja fast-food.”
Em sendo Papa
Bento XVI notadamente conservador deve vir sofrendo um assédio espetacular dos
cardeais que desejam estas mudanças.
Acredito ser esta
uma das principais razões de sua renúncia.
Pela primeira vez ouvivremos falar de um ex-Papa.
Em março
deveremos ter dois papas, um com poder e outro sem.
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