Trata-se de uma brincadeira.
Espero que meus dois leitores me enviem suas críticas nos cometários ou por email.
BRAINSTORMING
CAPÍTULO I.
Rosário do Oeste tinha pouco mais de vinte mil habitantes, em
sua grande maioria professores universitários e pesquisadores.
Situava-se numa região montanhosa nas cercanias do maior
centro industrial do País. A vida em ERREÓ, como era carinhosamente chamada,
praticamente resumia-se em estudos científicos e outras atividades culturais.
Graças a vultosos
investimentos oriundos de parcerias internacionais e disponibilidade de tecnologia de ponta
Rosário do Oeste transformou-se no centro de excelência cultural de maior
prestígio das Américas.
Ambientes de alta competitividade dotados das mais avançadas
tecnologias, dos laboratórios mais bem equipados do planeta em áreas decisivas
como a robótica e a biomedicina transformaram ERREÓ num centro de excelência.
A comunidade rosarense orgulhava-se de seus ícones
representados pela Universidade Malba Tahan (homenagem ao matemático brasileiro
Júlio César de Melo e Souza) dedicada à
inovação, a Galeria Nacional de
Artes com mais de dois milhões de obras,
a Orquestra Filarmônica Villa Lobos, a Biblioteca Monteiro Lobato com mais de
oito milhões de títulos e a vedete representada pelo maior computador do
Planeta o super Tico Tico II com uma
capacidade de processamento de 80 petaflops, capacidade de armazenamento de
dois petabytes. Realiza 62 quatrilhões de cálculos por segundo quatro vezes
mais potente que o Titan até então o mais rápido do mundo. O Tico Tico II
consome anualmente 18 megawatts de energia o equivalente ao consumo anual de 18.000
casas. Foi desenvolvido por engenheiros do Centro de Tecnologia da Universidade
Federal de Campina Grande, na Paraíba e o MIT (Massachusetts Institute of Technology),
em Cambridge,no estado de Massachusetts, nos EE.UU.
Este colosso eletrônico é utilizado em pesquisas científicas
que envolvem fenômenos atômicos ou em escalas maiores que galáxias que realizam
cálculos envolvendo milhares de variáveis.
ERREÓ congregava o mais avançado centro de pesquisa do País
e reunia uma equipe de especialistas renomados nos mais diversificados ramos da
ciência. Os grupos de pesquisa se organizavam em experiência com células
tronco, fibras óticas, semicondutores, biomedicina, transgenia, biologia
molecular, esoterismo, telepatia, informática, conservação de energia e robótica.
Afinal em ERREÓ respira-se ciência.
Neste ambiente
considerado uma espécie de Vale do Silício tupiniquim os professores Richmond Sanders e Arnon
Wilferd desenvolviam um método revolucionário de ensino conhecido como o Lyceum
Brainstorming.
Para ingressar nesse grupo de aprendizagem não se exigia
formação acadêmica o pretendente simplesmente era avaliado por psicólogos e pedagogos
que mensuravam o QI e uma análise de aptidão. Todas as manifestações do
conhecimento eram avaliadas e mensuradas com critérios subjetivos estabelecidos
pelos educadores. Os interessados deveriam demonstrar aptidões para pintura,
música, mecânica, ciências exatas, filosofia ou qualquer outra manifestação
indicativa de diligência cerebral. Uma
vez aprovado o jovem era admitido no grupo de futuros cientistas.
O Lyceum não estabelecia currículos nem grades pedagógicas.
Os assuntos de interesse dos estudos não obedeciam a uma ordem cronológica nem
temática. Tudo transcorria ao sabor do momento, do interesse coletivo do grupo.
Assim tanto se podia pesquisar o envelhecimento precoce das células como o
comportamento de nova forma de energia.
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