segunda-feira, 4 de março de 2013

CELIBATO SACERDOTAL


A renúncia de Bento XVI nos remete a várias reflexões de cunho religioso que são verdadeiros tabus.

Questões como celibato, sexo antes do casamento, uso de preservativos, são problemas encarados de forma diversa pelos sacerdotes conservadores e os ditos liberais.

Os conservadores rejeitam a idéia de mudança. Acredito que nenhum religioso deseja que alguém seja infectado pelo vírus HIV. Mas a Igreja Católica insiste veementemente contra o uso de preservativos nas relações sexuais.

A história de padres que pulavam a cerca não é novidade na comunidade sacerdotal.  Tive amigos padres que mantinham vida sexual ativa com casos amorosos quase de domínio público que a sociedade sabia e fazia vista grossa.

No Rio Grande do Norte havia um monsenhor que era sabidamente um verdadeiro D. Juan de batina.

O celibato sacerdotal foi instituído no primeiro Concílio de Nicéia (hoje Iznik, na Turquia), em 325 três séculos após a existência do cristianismo, portanto foi uma invenção de um pensamento ocasional e não uma cláusula pétrea do cristianismo.

Particularmente sou contra o celibato sacerdotal. Ninguém deve fazer votos de abstinência sexual se bem que o celibato não significa necessariamente esta abstinência muito embora tenha acolhido este conceito na atualidade. Mas, ao assumir o compromisso o sacerdote tem que cumpri-lo. A transgressão transforma o religioso num hipócrita e a hipocrisia corrói  a credibilidade da relação com os fiéis.

Os padres devem casar, o celibato deve ser uma opção. Flexibilize-se o celibato e teremos menos casos de crimes sexuais praticados por religiosos.

Os pastores protestantes têm filhos e não sofrem nenhum problema com isso.

Diante das denúncias de prática de pedofilia Bento XVI limitou-se apenas a pedir desculpas sem adotar nenhuma providência concreta. A Igreja deve ser mais rígida com os crimes sexuais.

Aliás, com a renúncia Bento XVI dá uma reviravolta na sua biografia e deixa de ser lembrado com um papado mal sucedido na administração dos escândalos de pedofilia, um papa cuja administração abrigou o escândalo de vazamento de documentos oficiais, o Vatileaks , um papado onde se propalou denuncias de lavagem de dinheiro em contratos do Banco do Vaticano e passará a ser lembrado daqui a alguns anos como o Papa que renunciou.

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