OMBUDSMAN
Nos meus primeiros em João Pessoa fui para um internato do Prof. Manoel Néri, dono do Colégio Lins de Vasconcelos. Um aluno era escolhido para ser o Prefeito dos internos. Não me lembro o critério nem nunca entendi o porquê dessa denominação. A única coisa que me recordo era que a principal função desse Prefeito era dedurar a meninada a guisa talvez de certas regalias.
Cursei o ginásio num colégio marista, o PIO X, situado na Praça São Francisco e posteriormente transferido para a Praça da Independência.
Havia à época um funcionário, uma espécie de feitor e secretário, que era muito temido e odiado pelos alunos, pois além das funções administrativas atuava como olheiro e informante reportando os “malfeitos” da garotada à Diretoria do colégio.
Era o dedo duro.
Na universidade, em plena vigência do regime de exceção, multiplicaram-se os dedos duros.
Civis ou militares infiltrados nas faculdades se ocupavam em denunciar às autoridades militares qualquer atitude ou atividade considerada subversiva e nociva aos interesses “revolucionários”.
Agora crio um blog. Uma brincadeira um refúgio, uma terapia.
A esta altura do campeonato julgava-me protegido da convivência com esse tipo de gente que se ocupa da vida alheia.
Para minha surpresa surge um personagem que diz ser seguidor do meu blog e me propõe uma parceria.
Diz chamar-se Puchkin (o nome me reporta a Alexandre o maior poeta russo) e pretende ser um crítico, um potencial conselheiro ou um ombudsman.
Topo a parada. Nada tenho a temer nem a perder.
Seja bem vindo Puchkin, vou pagar pra ver.
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