terça-feira, 29 de setembro de 2009

OMBUDSMAN

OMBUDSMAN



Nos meus primeiros em João Pessoa fui para um internato do Prof. Manoel Néri, dono do Colégio Lins de Vasconcelos. Um aluno era escolhido para ser o Prefeito dos internos. Não me lembro o critério nem nunca entendi o porquê dessa denominação. A única coisa que me recordo era que a principal função desse Prefeito era dedurar a meninada a guisa talvez de certas regalias.
Cursei o ginásio num colégio marista, o PIO X, situado na Praça São Francisco e posteriormente transferido para a Praça da Independência.
Havia à época um funcionário, uma espécie de feitor e secretário, que era muito temido e odiado pelos alunos, pois além das funções administrativas atuava como olheiro e informante reportando os “malfeitos” da garotada à Diretoria do colégio.
Era o dedo duro.
Na universidade, em plena vigência do regime de exceção, multiplicaram-se os dedos duros.
Civis ou militares infiltrados nas faculdades se ocupavam em denunciar às autoridades militares qualquer atitude ou atividade considerada subversiva e nociva aos interesses “revolucionários”.
Agora crio um blog. Uma brincadeira um refúgio, uma terapia.
A esta altura do campeonato julgava-me protegido da convivência com esse tipo de gente que se ocupa da vida alheia.
Para minha surpresa surge um personagem que diz ser seguidor do meu blog e me propõe uma parceria.
Diz chamar-se Puchkin (o nome me reporta a Alexandre o maior poeta russo) e pretende ser um crítico, um potencial conselheiro ou um ombudsman.
Topo a parada. Nada tenho a temer nem a perder.
Seja bem vindo Puchkin, vou pagar pra ver.

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