segunda-feira, 15 de novembro de 2010

USE DAY

Recordo ainda infante das marotices, porque não dizer, sacanagem, atribuídas a um velho garçom – COBRINHA, que durante muitos anos enriqueceu o anedotário gastronômico da sociedade paraibana. O jornalista Wills Leal em seus “Fragmentos Etílicos e Gastronômicos” relata façanhas espirituosas, gafes e brincadeiras protagonizadas por COBRINHA.

Nas contas de Cobrinha 2 + 2 poderia assumir qualquer valor, nunca 4.

Certa vez na descriminação de uma conta inseriu um produto SECOLA e taxou: tantos cruzeiros.

Questionado pelo cliente desculpou-se e arrematou: Não colou.

Atualmente as coisas se sofisticaram, se modernizaram.

Domingo último acompanhei o amigo Aníbal numa visita à sua filha Mariana, o genro Rodrigo e suas netas que se hospedaram na pousada Aruanã, no litoral sul.

Pedimos a conta e para nossa surpresa cobrava-se R$80,00 com uma taxa denominada Day Use.

Acrescente-se que em nenhum momento fomos certificados de que essa taxa seria cobrada.

Peremptoriamente recusamos e nos opusemos ao pagamento da mesma.

Na realidade trata-se de uma invenção marota dos hoteleiros para incrementar suas receitas, mormente nos períodos de baixa estação, entretanto, há que se considerar duas situações distintas.

Uma coisa é chegar à pousada Aruanã, usar suas dependências e seus equipamentos durante o dia, outra coisa é chegar à pousada Aruanã para uma visita rápida a um dos seus hospedes.

O primeiro caso é compreensível desde que o usuário seja previamente cientificado de sua prática, no segundo caso me parece mais uma sacanagem, um bote do Cobrinha.

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