terça-feira, 26 de outubro de 2010

A privatização

Nos debates políticos apregoa-se desmesuradamente pesadas críticas à privatização de empresas estatais pelos governos estadual e federal.


A privatização fez parte da agenda nacional em vários governos inclusive no do Presidente Lula.

O principal objetivo era evitar que o governo ampliasse ainda mais sua presença no setor produtivo, e não o de gerar receitas para o Tesouro.

O erário ressentia-se de recursos financeiros para atender aos investimentos necessários para assegurar o crescimento do País.

Num cenário globalizado emergiu uma onda privatizante que não foi um fenômeno meramente regional. Foi uma avalanche continental, sem fronteiras, cujos efeitos se propagaram desde os países do primeiro mundo.

A questão da privatização muito embora ainda hoje com restrições de alguns setores é um assunto absolutamente exitoso. Os atuais modelos de gestão pública que conferem ao Estado apenas o papel de gerenciar as atividades básicas e de segurança pública são de certa forma questionados por certos segmentos da sociedade, mas a cada dia fortalecido pelos resultados oferecidos principalmente quanto à qualidade dos serviços prestados pelas empresas. Note-se, por exemplo, o caso da teles e das empresas de energia elétrica.

O questionamento pura e simplesmente dessa política de transferência patrimonial de empresas do Estado para o setor privado é no mínimo uma visão simplista e equivocada de quem desconhece as engrenagens da macroeconomia.

Lembro-me bem, não faz muito tempo, as linhas telefônicas eram objeto de investimento. As pessoas adquiriam linhas de telefone fixo para especulação. O telefone celular, nem falar, era um serviço restrito a alguns iluminados.

Os grandes investimentos no setor necessários para estimular e promover as mudanças permitindo o acesso das massas à comunicação só foi possível com a participação do capital privado.

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