Foco a essência das coisas para identificar seu valor intrínseco.
A aparência, a consistência, a densidade, o odor, o brilho, são características importantes para agregar valor, mas não são fundamentais.
O fundamental é subjetivo.
A subjetividade remete aos sentimentos.
Que sensação lhe causa determinado objeto? Como você se identifica com ele? Quais as lembranças que ele lhe traz? Em quais circunstâncias foi adquirido?
As respostas a essas perguntas trazem à tona e descortinam o valor real do objeto possuído.
A mentalidade estereotipada disseminada na geração Shopping Center subtrai esses valores e se deixa levar pela força do apelo comercial das grifes e do modismo.
Uma amiga presenteou a filha de onze anos com um cubo mágico.
Pensou tratar-se de um presente diferente criativo e pedagógico com uma dupla função de divertir e desenvolver a acuidade e o raciocínio.
Enorme foi sua surpresa com a rejeição demonstrada pela filha ao objeto presenteado.
- Mãe que coisa mais quadrada!
É exatamente isso que acontece com a maioria de nossos filhos.
Infelizmente para satisfação de nossos jovens o presente deve ser escolhido nas listas apregoadas pelo ranking das grandes marcas e de preferência algo que se relacione à produção de sua aparência física. Uma camisa, uma calça, um calçado, um perfume, desde que de uma famosa grife.
A televisão é o principal veículo responsável pela inversão desses valores. Por outro lado, há pais que estimulam este tipo de comportamento.
Resulta uma sociedade de vícios e pobre de espírito que cultiva a lei da vantagem.
O vazio é uma constante nas cabeças de nossos jovens. Realçam o supérfluo e rejeitam o que é substantivo. Basta ver os despautérios que escrevem nas provas do ENEM.
Urge, portanto estabelecer uma trincheira nas escolas, nas universidades, em casa, para reversão deste quadro.
A responsabilidade é dos educadores e principalmente dos pais.
A educação é a única saída para plasmar consciências e oferecer alternativas que conduzam a uma sociedade mais justa.
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