quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Carajas & Tapajos

Quase cinco milhões de eleitores paraenses estão sendo convocados num plebiscito que será realizado no dia 11 de dezembro próximo, optando se querem ou não a criação de dois Estados, Tapajós e Carajás que serão desmembrados do Pará.

Existem dois projetos separatistas em curso, O primeiro criando o Estado de Carajás já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em maio do corrente ano e o segundo criando o Estado de Tapajós prescinde da aprovação do Senado Federal. Uma vez aprovados o Estado do Pará ficará reduzido a apenas 17% de seu atual território, caso a resposta dos eleitores seja afirmativa.

Apesar de idade avançada não sou refratário às mudanças.

Pelo contrário estimulo e pactuo com qualquer inovação objetivando a melhoria de qualquer coisa.

Entretanto esta pretendida divisão do Estado do Pará não me parece uma ideia salutar e me coloco radicalmente contra tal medida.

Já dizia o notável conterrâneo José Américo de Almeida que o paralelo é uma das melhores formas de julgamento.

No caso não há necessidade de se estabelecer um paralelismo para análise das consequências que advirão com a pretendida fragmentação político-administrativa, pois um único dado põe em cheque todos argumentos favoráveis.

Limito-me apenas a esta constatação:

A criação de Carajás e Tapajós representará uma perda orçamentária anual para a União de dois bilhões de Reais, enquanto a divisão territorial permitirá ampliação das representações legislativas (Deputados e Senadores) resultando apenas na ampliação do universo de atores que irão conjugar o verbo furtar em todos os tempos, presente, passado, futuro e gerúndio.

Portanto caso eu fosse paraense votaria contra nesse inditoso plebiscito.

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