Li com incontido interesse o livro “O que sei de Lula” escrito pelo conterrâneo José Nêumanne Pinto, jornalista, poeta e escritor, imortal da Academia Paraibana de Letras.
O livro é uma aula de história e como disse Alexandre Garcia “é nitroglicerina pura”.
O autor descortina, sem tirar nem por, todo iceberg de lama caracterizado pela cúpula do PT.
Denuncia com veemência e riqueza de detalhes as peripécias, os malogros, os conluios engendrados nos bastidores do poder, e os caminhos percorridos pelo sindicalista Lula até sua ascensão ao mais alto posto da república.
Fiel aos registros históricos e à sua privilegiada memória descreve importantes episódios narrando os métodos pouco recomendáveis que promoveram o crescimento do “partido dos trabalhadores”.
Mostra em verdadeira grandeza um LULA não televisivo, um LULA sem maquiagem, despojado e ambicioso, sem deixar de reconhecer nele um ente de extrema habilidade política, um receptáculos de contradições por exemplo, quando apontou, numa entrevista à revista Playboy, Mahatma Gandhi, um pacifista e Adolf Hitler um beligerante, entre as figuras que ele admira.
Um líder sindical com origens interioranas e criado no ABC paulista estigmatizado pelas contradições que marcaram sua vida e os caminhos tortuosos e cheios de lama por ele percorridos no poder. Useiro e vezeiro em argumentos dúbios de sair de cena fingindo ignorância quando acossado.
Conta-nos o conterrâneo NÊUMANNE que o personagem biografado não media distância em tripudiar e escantear um companheiro desde que esta atitude servisse aos seus propósitos dando ora uma no cravo outra na ferradura.
Fico a imaginar como pode um líder conviver com tantas falcatruas, ser conivente e cumplice de tantos ilícitos penais e deles tirar proveito e manter-se incólume ostentando altos índices de popularidade por tanto tempo.
Que será que o blindou e o tornou imune aos escândalos perpetrados por seus assessores e colaboradores diretos.
Resulta da leitura da obra que “nunca na história deste País” o vício alinhou-se tão bem à virtude e tomou sua forma como no “reinado” LULA.
NOTA; Ouso questionar uma informação inserida na obra de que a construção de Brasília foi o vetor que “quebrou” a previdência social. Com todo respeito, no meu julgamento, quem quebrou a Previdência Social foram atos de volúpia administrativa praticados por agentes públicos perdulários concedendo benefícios a pessoas que nunca contribuíram com um centavo para a previdência. (Leia-se FUNRURAL- um programa de assistência aos trabalhadores rurais).
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