segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ser ou não ser.

Doente terminal com falência múltipla dos órgãos.

Assim encaro o universo agonizante das instituições políticas brasileiras.

Um amálgama putrefato deteriorado pelos atos criminosos dos gestores públicos caracterizado pelas fraudes, corrupção, improbidades, enfim toda coletânea de ilícitos penais.

Os protagonistas dessas hediondas façanhas são legisladores, presidentes, governadores, prefeitos, ministros, juízes, autoridades policiais, membros do judiciário e das forças armadas, eclesiásticos, reitores, todos sanguessugas travestidas de servidores públicos.

A subversão é universal. A política é uma ferida braba, uma chaga aberta que exala seu pus por onde passa e apodrece aqueles que a tocam.

Não há um segmento sequer que não esteja contaminado com o vírus da corrupção.

A sociedade brasileira contaminada fica então dividida em três camadas: os corruptos assumidos, os enrustidos que não querem admitir que o são, e raríssimos gatos pingados que ficam observando todo esse teatro numa letargia crônica, alimentando a vã esperança que um dia aconteça o milagre da transformação.

Agora surge um reforço engrossando o cordão dos criminosos. Os jornais televisivos denunciam várias esposas de prefeitos municipais envolvidas em crimes contra o patrimônio público. Algumas delas ostentam longas fichas criminais sendo o mais comum o desvio de recursos da merenda escolar para custeio de suas despesas particulares e gêneros de interesse não republicano como uísque e ração para animais.

As notícias divulgadas na imprensa já não causam mais indignação. Está institucionalizada a corrupção.

A regra geral é ser corrupto a exceção é não ser, ainda.

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