quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Andanças de um extraterrestre.

Vi o sorriso do mundo, nos olhos de uma criança, que são as janelas da vida...

Um ser adulto fitando-me com superioridade me disse:

Posso e quero.

Configurou-se a mácula do universo, a ganância, a prepotência, o consumo.

Num cenário tétrico estilizado por uma hedionda coreografia, vi destilar os conflitos entre os povos, a fome, a desigualdade, o analfabetismo, a mortalidade infantil, representado em vários atos, um peça trágica sobre as patologias sociais.

Busquei abrigo no convívio entre os homens, tropecei na ansiedade, na desconfiança, na corrupção, no desamor e na traição.

No meio do caminho, imaginei encontrar uma proteção na espiritualidade, e além da fronteira, além do homem e do universo, vislumbrei um caleidoscópio de mitos, rituais, crenças e misticismo, a procura da verdade, quando ela estava, bem ali, bem perto.

Concluí então que nunca deveria ter deixado minhas origens.

Foi quando novamente fitei os olhos da criança, e na sua luz senti a ESPERANÇA.

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