segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Romeiros da Penha

Ontem pela manhã, a pedido do amigo Luis Conrado, fomos à praia da Penha. O Santuário estava ainda freqüentado pelos remanescentes fieis que reverenciaram a Santa na noite anterior.
Pude registrar uma cena de demonstração da fé.
João Leôncio, que tem a alcunha de João Feitor, saiu de Canaguaretama às 5:00 da madrugada para cumprir e pagar uma promessa por uma graça alcançada.
Com seus setenta e poucos anos, genuflexo degrau por degrau, subiu as escadas até o pequeno altar da Santa.
Registrei para a posteridade vários momentos dessa empreitada. Desde os primeiros movimentos até a chegada triunfal ao altar. Conversei com ele alguns minutos e pude sentir a enorme satisfação e o alívio pelo dever cumprido. Não sei se ele pagou a dívida por ato de contrição ou simplesmente por estar pleno de alegria.
A devoção de João Feitor, entretanto me trouxe uma interrogação.
Até onde pode nos levar a fé?
O grande Gilberto Gil nos ensina que “a Fé não costuma faiá...e vai onde quer que eu vá”.
Sei que ela se manifesta de forma unilateral e assim como a esperança são faculdades da alma, manifestações do sentimento.
“Fé é acreditar em coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos” – Hebreus 11:1.
A Fé pode nos trazer a paz que tranqüiliza, a esperança que multiplica as forças, a energia para percorrermos os caminhos da vida, a bondade que quebra as arestas, o perdão e a justiça.
Quem viu jamais a Fé?
Quem lhe conhece a forma ou a cor?
Ninguém. Entretanto ninguém pode lhe negar a existência, nem desconhecer seus efeitos.

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