quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Topônimos e futricas.

João Pessoa foi meu segundo lar.

Foi aqui que eu consegui régua e compasso.

Uma paixão a primeira vista. Uma simbiose frenética.

Me constrange a insistência de certas pessoas em querer modificarem-lhe o nome. Pessoas barulhentas, míopes, de visão distorcida sobre os interesses da cidade.

Comentei este tema na coluna do meu amigo e brilhante jornalista Abelardo Jurema Filho (Abelardinho), num pequeno artigo intitulado: TOPÔNIMOS E FUTRICAS.

Vez por outra surgem manifestações isoladas sugerindo uma mudança no nome de nossa Capital. Uma discussão estéril e extemporânea, sem o menor interesse público.

Ora, após tantas décadas que esta cidade denominou-se João Pessoa alguns “iluminados” com intenções não muito claras procuram chamar a atenção defendendo uma tese inútil como se não existissem outros problemas de maior importância para ocupar nossas preocupações. Ultimamente tenho registrado algumas insatisfações, normalmente das mesmas pessoas, que levantam uma bandeira para que seja permutado o nome de nossa capital com argumentos pobres e infundados de origem política, de família, ou outra vertente, não entro no mérito nem discuto as razões que motivam essas pessoas a esse tipo de questionamento.

O nome, João Pessoa, existe há mais de 77 anos, consolidado sobre todos os aspectos na historiografia nacional.

Deixando de lado a discussão que julgo fora de propósito faço um convite a um pequeno exercício de ordem prática.

Vamos imaginar que esta mudança de nome fosse consumada.

Quais as conseqüências imediatas advindas dessa decisão?

Vamos nos ater apenas aos custos financeiros.

Toda produção gráfica existente até o presente, com o nome de João Pessoa teria que ser modificada.

Os livros didáticos teriam que ser reeditados com o novo topônimo e assim as cartas oceanográficas, placas de veículos, bancos de dados dos órgãos oficiais e privados, papeis timbrados das empresas e profissionais liberais, apenas para citar alguns exemplos.

Pergunta-se: toda esta onerosissima trabalheira em troca de que?

Que benefício para a cidade e seus habitantes esta medida traria?

Nenhum é claro.

Temos importantes problemas com que nos preocupar, como a questão da violência urbana, do desemprego, da falta de habitação, do trânsito desordenado, entre outros. Basta de questiúnculas!

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