quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Apagão elétrico.

Itaipu Binacional, a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, colapsou.

O País inteiro foi surpreendido com um apagão elétrico de proporções assustadoras.

Mesmo que as autoridades governamentais insistam em minimizar o problema foi o maior desastre jamais registrado na história deste País.

Aproximadamente 60 milhões de pessoas sofreram durante sete horas as conseqüências da falta de energia.

Em 18 Estados, mais de 800 cidades ficaram sem luz. Hospitais, centrais de abastecimento, rede bancária, metrôs, todas as atividades urbanas foram prejudicadas com o desastre. Somente em São Paulo, a maior cidade do País, cerca de 5000 semáforos ficaram desligados.

Não se sabe avaliar a quanto monta os prejuízos.

Até o momento não se tem uma explicação clara e segura sobre a causa ou causas do acidente.

Uma coisa, entretanto ficou bastante clara: a vulnerabilidade de nosso sistema elétrico.

Nossa matriz energética parece prescindir de um novo arranjo que lhe condicione maior confiabilidade.

A geração e o transporte de grandes blocos de energia são vulneráveis aos agentes da natureza e note-se que não somos atingidos por furacões nem terremotos.

O apagão elétrico só se nota facilmente com a escuridão. Mas existem outros tipos de apagão de conseqüências muito mais devastadoras. Aqueles que ocorrem em plena luz do dia.

O apagão moral, o apagão da saúde, o apagão da educação, como denunciou ontem, com muita propriedade, o senador Cristóvão Buarque.

O apagão elétrico volta à normalidade uma vez sanada a causa que o provocou.

Os outros são ultrajantes e corroem a cidadania. São permanentes e sem perspectivas para terminar.

São resultantes da falta de caráter que predomina a grande maioria de nossos homens públicos e do descrédito de nossas instituições.

Enquanto o povo não aprender a escolher seus governantes continuaremos a ser o país do samba e do futebol. Nossa capital continuará sendo Buenos Aires e o mundo todo continuará imaginando que andamos de tanga na selva Amazônica e que nos comemos uns aos outros. O que de certa forma, não deixa de ser verdade.

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