segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O DISCURSO.

Lexicamente o discurso é uma exposição metódica cobre certo assunto ou ainda a exposição de idéias, de viva voz ou por escrito.

Considero como uma estratégia de comunicação e convencimento utilizada ao longo da história, por poetas, governantes, profetas, líderes revolucionários, cientistas, filósofos, enfim, por homens e mulheres que vivenciaram ou protagonizaram momentos decisivos da

história da humanidade.

Não quero escrever um discurso por isso vou direto ao assunto.

Há discursos fascinantes que traduzem paixões, grandezas e traições.

Outros registram peças inenarráveis como o discurso proferido por Péricles, há 2500 anos, defendendo um novo regime que acabara de surgir no mundo – a democracia.

Tutancâmon, faraó egípcio (assumiu aos 10 anos até os 19 anos) quando talhou um discurso na “Estela da Restauração” defronte o templo de Karnak, utilizando a equação do poder: conquistar o poder e manter o poder. No discurso o faraó olha para o retrovisor como fazem atualmente nossos governantes e debita os desacertos de seu governo às administrações anteriores.

Discursos de humilhação e tristeza como do navegador genovês Cristóvão Colombo, implorando, por carta, aos reis da Espanha, Fernando e Isabel dois anos antes de sua morte esquecido e na miséria, em Valladolid.

Caractaco, derrotado após lutar com os romanos, é feito prisioneiro e enviado à Roma. Fez um discurso que é uma excelência de síntese, argúcia e resultado, conseguindo persuadir o Imperador Romano Cláudio (41 a 54 a.D.), a libertá-lo como também a sua mulher e irmãos.

O célebre discurso político feito pelo personagem Marco Antônio na peça “Julio César” do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, quando incitou a multidão contra os assassinos de César.

Galileu Galilei, matemático e físico italiano, levado a julgamento pela Inquisição por afirmar que a Terra girava em torno do Sol e não era o centro do Universo, contrariando a Igreja. Foi obrigado a negar, condenado a viver em prisão domiciliar até o fim de sua vida e a repetir, semanalmente, por 3 anos, os sete salmos penitenciais. Dizem que após o discurso murmurou: eppur se muove... ( e no entanto se move...).

Discursos antológicos como do pastor Martin Luther King contra a segregação racial nos Estados Unidos e do nosso saudoso Mário Covas, proferindo uma das maiores provas de coragem pessoal e de resistência ao regime militar quando tentou-se processar o Deputado Márcio Moreira Alves e cujas notas taquigráficas só foram resgatadas 32 anos depois.

Falar de modo objetivo vai muito além das regras da gramática ou de expressões da moda. Exige honestidade, humanidade e confiança da parte de quem fala.

Segundo Shakespeare “os homens de poucas palavras são os melhores”.

E de poucas palavras não há como esquecer o discurso do gênio do surrealismo, o pintor catalão Salvador Dali (Salvador Domingos Felipe Dali i Doménech): Serei breve, portanto, já encerrei”, e sentou-se.

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