domingo, 22 de novembro de 2009

Meu refúgio.

Meu refúgio é voltado para o Norte.
Não é grande nem luxuoso, mas suficientemente espaçoso e acolhedor.
Não tem todo conforto do mundo, mas tem o conforto que preciso.
Aqui vivo meus sonhos e minhas fantasias.
São quatro paredes brancas adornadas com meus livros, fotos dos meus antepassados e vultos da história a quem reverencio e admiro, uma bem humorada caricatura do velho Einstein, registros dos ex- Presidentes Juscelino e Fernando Henrique, lembranças de Gandhi, Raul Seixas e Gonzagão. Gravuras dos meus amigos Régis Cavalcante e Flávio Tavares, o “Habeas Pinho”, do poeta Ronaldo Cunha Lima e uma colagem primorosa de Maria José Araújo, saudosa artista plástica campinense de indiscutível talento.
É aqui que realizo meus encontros diuturnos com os amigos e onde a ociosidade faz sentido.
É aqui o palco privado de minhas emoções onde a verdade vagueia e a mentira é falsa, onde exorcizo as mazelas do mundo e todos os demônios.
Nele viajo no tempo e no espaço sem destino nem hora marcada e minhas opções se multiplicam: escolho, rejeito, repito, apago a acendo.
Mergulho numa exaltação de Haendel ou me enlevo numa virtuosa carícia musical de Sivuca. Ambos provocam emoções que conduzem a Deus por um caminho sem obstáculos nem fronteiras.
Meu refúgio é sólido e aconchegante e será eterno enquanto durar.

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