Ciladas.
Dorofeja, uma jovem ucraniana, acabara de chegar ao Brasil e já dominava nosso idioma com certa desenvoltura considerando o pouco tempo de aprendizagem.
Num albergue da juventude conversava amistosamente com seu amigo Cassimiro.
- Doró, eu, sem querer, quebrei a manga.
- Quebrou ou rasgou?
- Quebrei.
- A manga a que me refiro é aquele envoltório tubular que protege o candeeiro e não a parte do vestiário.
- Como quebrou?
- Estava chupando uma manga e de repente, zum, o caroço escapuliu como uma bala.
- E você come vidro?
- Não cara, a manga agora é uma fruta, muito deliciosa, por sinal.
- Outro dia, galopando, atravessei uma manga e vapt, esborrachei-me no chão.
- Com é que é? Você montava uma fruta?
- Não Doró, galopando num pasto para animais.
- Ahn... Que língua!
- Que é que t em a língua vê se não manga.
- Hein... ?!%
- Não deboche.
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