domingo, 6 de dezembro de 2009

Brasília 50 anos.

“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”. - Juscelino Kubitschek.

Brasília foi concebida e implantada para ser a capital da república.
Inaugurada em 21 de abril de 1960, seu partido arquitetônico ganhou espaço e prestígio no mundo inteiro pela singeleza de sua plasticidade, pela ousadia de seus vãos audaciosos, e pela beleza de suas curvas.
Representou a concretização de uma utopia. A realização de um sonho do Presidente “Bossa Nova” Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Rapidamente cresceu, exuberante e formosa cumprindo suas funções básicas de habitação, saúde, abastecimento, transporte, cultura e lazer.
Meio século depois adquire uma nova função não tão nobre quanto as demais.
Para vergonha dos brasileiros transformou-se numa catedral de sinecuras, um celeiro de marginais.
Com um pequeno detalhe: o núcleo da delinqüência e da bandidagem não está nos bairros pobres, não está nas praças públicas nem tampouco nas favelas. Ocupa os palácios e os luxuosos gabinetes das mais importantes personalidades públicas do País.
São Deputados, Senadores, Governadores, Secretários de Estado, Juízes, enfim todas as excelências, gestores da coisa pública.
Justo aqueles que têm obrigação constitucional de agir com denodo e correção são os primeiros a praticarem descaradamente todo tipo de delito como locupletação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, nepotismo, enfim toda gama de ilícitos penais previstos no Código Civil.
Os agentes públicos em lugar do zelo pela cidadania praticam uma espécie de política Robin Hood pelo avesso.
Instalou-se o caos. Hoje é a Brasília dos escândalos.
Quais as perspectivas futuras?
Quando o povo brasileiro alcançar maturidade política necessária para saber escolher seus governantes talvez um dia quem sabe, este quadro se torne coisa do passado.
Por enquanto vale a máxima do Ex-Ministro Armando Falcão: O futuro a Deus pertence.

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