quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Minha irmã NORA.

Minha irmã Nora além de excelente artista plástica tem uma extraordinária faculdade de aglutinação e convencimento.


É dócil e meiga por natureza, severa quando necessário, mas sem perder a ternura.

Nora tem aquela magia angelical das mães pra cobrar um deslize do filho. Atribuo ao DNA, pois nossa mãe apresentava os mesmos atributos.

Seus conselhos são sugeridos de forma agradável e surpreendentemente prática. Sobra-lhe o senso de oportunidade.

Esta semana fui contemplado com uma lição de sua sabedoria.

Chamou minha atenção referindo-se ao artigo que escrevi “Gosto de escrever” no qual inserir alguns comentários negativos com relação ao mundo em que vivemos.

Repreendeu-me com sua elegância habitual cobrando-me o romantismo e a alegria de viver.

Enaltecendo as belezas da natureza aconselhava-me a fechar os olhos para a banalidade e a melancolia e instigava-me a superar meus próprios limites como forma de crescer.

Minha querida irmã, apesar do que escrevi, concordo plenamente com tudo que você me disse.

O que escrevi refletiu um estado de espírito. Uma angústia momentânea que me acudia por não encontrar um assunto para dissertar.

Não quero repetir a grande Cecília Meireles quando disse “... a vida só é possível reinventada”. Também não vou me prepuciar como a avestruz e fazer de conta que não existe o lado negativo.

É claro que existe uma beleza indescritível na natureza e nas relações entre pessoas.

O abraço fraterno, o sorriso de uma criança, um verso de Caymi, uma canção de Noel, são preciosidades e gestos que alimentam a esperança e a alegria de viver.

Apesar dos pesares ainda preservo estes sentimentos e a esperança de dias melhores.

Nora querida, também te amo.

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