quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Lucy de Badu

Valdelice e Enéas são os pais de minha filha Beatriz.

Encucou?

Beatriz, ou Bia é casada com meu filho mais novo, Mauricinho.

Desencucou?

Sexta feira 11 o casal serviu um jantar de confraternização natalina no seu apartamento.

Mesa primorosa, iguarias refinadas e uísque honesto tudo regado a um papo agradável e bem humorado.

Chamou atenção e registro com especial destaque a presença de uma menina prodígio filha de Badu (José Hilton Alves), a Lucy (Lucyane), componente do grupo Clã Brasil.

Lá pras tantas Lucy foi convidada para tocar seu instrumento, o acordeon que eu insisto em chamar de sanfona, me parece mais autêntico.

Que formidável surpresa.

Logo aos primeiros acordes seduziu a platéia com sua técnica e seu apurado pendor artístico improvisando com incrível facilidade.

De repente aquele corpinho franzino transmutou-se num enorme espírito de luz formado de fusas e semifusas. O encanto se deu num passe de mágica. Os dedos percorriam o teclado e os baixos numa precisão virtuosa, projetando uma nuvem indefectível de ritmo, melodia e harmonia.

Sonhei ao ouvir e relembrar o mestre Sivuca nos acordes do seu “Quando me lembro” que ela executou a meu pedido. Ao final beijei-lhe a face comovido.

Tenho absoluta certeza que essa pequena grande artista ainda brilhará e alcançará um lugar privilegiado de projeção na musicografia brasileira, pois talento e sentimento não lhe faltam.

Estaria até agora escutando contrito e anestesiado aquela maravilhosa audiência não fosse uma crise renal que me nocauteou justo naquela noite.

A dor tomou conta de mim obrigando-me uma retirada abrupta.

Sai sem cumprimentar os presentes, nem Lucy.

Lucy minhas desculpas e o reconhecimento pelo seu talento indiscutível.

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