domingo, 15 de novembro de 2009

Ad limina apostolorum

Enquanto espero a chegada de Pollyana, a noiva de Dito de Ovídio, leio despreocupadamente o informativo “Caminhando Juntos “, da Arquidiocese da Paraíba.

Aqui um artigo do arcebispo D. Aldo sobre a legalização dos jogos de azar, ali outra matéria sobre os malefícios do fumo, de responsabilidade da Drª Zilda Arns. Entre outras matérias paroquiais um destaque especial sobre a visita “ad limina apostolorum”, que nada mais é do que um encontro dos bispos com o Papa, a cada cinco anos.

A notícia é divulgada com farta documentação fotográfica focalizando nosso Arcebispo Dom Aldo de Cillo Pagotto sendo recebido pelo Papa Bento XVI.

Como sempre sua excelência reverendíssima não recusa nem abandona sua idéia de estrelismo.

Mas deixando de lado o estrelismo do Dom Pagotto, prefiro comentar o discurso do Papa Bento XVI, inserido no informativo, proferido no dia 17 de setembro, no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, ao recepcionar os bispos.

As reflexões de Sua Santidade foi um libelo à organização da igreja organicamente estruturada como Corpo de Cristo. Nessa perspectiva o Papa reclama categoricamente a necessidade de se evitar a “secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos”. Cobra o comportamento dos fieis leigos para que exprimam na realidade, inclusive através do empenho político, a visão antropológica da Igreja. E cobra dos sacerdotes para que estes se afastem de um engajamento pessoal na política, favorecendo desta forma a unidade e a comunhão de todos os fiéis e assim poder ser uma referência para todos.

De fato ao fazer uma opção político-partidária o sacerdote cria, no seio de sua comunidade, uma área de divergência que dificulta sua ação evangélica.

O recado do Papa foi cristalino. O papel do sacerdote é o de pastor, testemunha da autenticidade da fé e dispensador, em nome de Cristo, dos mistérios da salvação.

O Papa enfatiza que o ministro ordenado é o laço sacramental que une a ação litúrgica aquilo que disseram e fizeram os Apóstolos. Argumenta que a função do presbítero é essencial e insubstituível para o anúncio da Palavra e a celebração dos Sacramentos, sobretudo a Eucaristia e acrescenta que é preciso que os sacerdotes manifestem a alegria da fidelidade à própria identidade com o entusiasmo da sua missão.

Aqui pra nós, sempre achei meio esquisito essa questão de padre na política.

Ao fazer uma opção política o padre toma partido e tomar partido é incompatível com o ecumenismo da Igreja.

Com a palavra, frei Anastácio e os Padres Adelino e Luiz Couto.

2 comentários:

  1. Concordando contigo em tudo nesta tua postagem e me omitindo em falar sobre o estrelismo do nosso Arcebispo(me revolta),me pergunto:O que é credo?O que é política?Os dois podem ser um só?Acho que não.Padres na política é necessário.Mas, não na política partidária.Hoje estamos vendo padres até dentro do MST.PODE??????????????

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  2. Pois é minha irmã.
    É por isso que as igrejas estão ficando cada vez mais vazias.

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