terça-feira, 23 de março de 2010

Devaneios.

Não me pergunte pelo que deixei de fazer nem me questione pelas coisas que fiz.

Ambas as situações retratam fatos consumados e intangíveis.

Umas me aguçam um sentimento ambíguo de angústia e ansiedade. Das outras não me penitencio nem guardo ressentimento ou arrependimento.

Desejaria ter feito mais, muito mais.

Ter errado mais, tentado mais, ousado mais. O que passou, passou e “águas passadas não movem moinhos”.

Os tempos vividos já se vão longos anos e, o que falta percorrer é um lapso. Comparados determinam uma contabilidade onde o resultado é sobradamente uma massa volumosa de passado e uma nesga de futuro.

Por esta razão é imprescindível e imperativo saber como passar o tempo de hoje em diante.

Hoje me reservo um direito conquistado ao longo de muitos janeiros, de pautar o dia a dia adotando uma filosofia de vida um tanto quanto seletiva.

Parafraseando Mário de Andrade meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos em detrimento dos conteúdos.

Não há mais tempo para lidar com mediocridades.

Não devo me permitir conviver com pessoas desagradáveis, chatas, mal humoradas, burras, nem pensar.

Devo evitar a todo custo conversar futilidades ou coisas que não me interessam, como a vida alheia.

Tenho que procurar a essência das coisas que fazem a vida valer a pena.

Afinal, o tempo é irreversível, nunca retorna e como disse Cazuza não para.

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