domingo, 28 de março de 2010

O aborto.

A partir da fecundação o corpo da mulher experimenta uma série de transformações físicas e psicológicas para abrigar o novo ser e continuará assim por nove meses.


O aborto é a interrupção deste processo, de forma espontânea, em qualquer etapa.

A prática do aborto induzido é uma matéria complexa do ponto de vista científico, político e social, que envolve aspectos éticos e morais e conceitos doutrinários tanto da Igreja como do Estado.

A Igreja posiciona-se peremptoriamente contra o ato do aborto. Alega que é um ato que vai de encontro à vontade de Deus e que se está matando um inocente.

A posição do Estado pouco difere da Igreja, partindo do princípio que todos temos direito à vida.

Entretanto, em alguns países como os Estados Unidos, França, Inglaterra, Canadá e Espanha, o aborto é permitido inclusive existem clínicas especializadas para tal intervenção. Neles o argumento se apresenta: o aborto deve ser legal porque a mulher tem o direito de decidir sobre seu próprio corpo. Exemplificando a complexidade do assunto contrapõe-se: O novo ser que se encontra dentro do ventre da mulher não faz parte de seu corpo é uma prolongação deste portanto ela não pode decidir sobre uma vida que não é sua.

Julgo de extrema dificuldade encontrar uma solução consensual.

Entretanto há um entendimento que deveria prevalecer tanto para a Igreja como para o Estado.

Primeiro a Igreja não pode perpetuar-se estagnada no tempo com relação aos seus dogmas e conceitos religiosos sob pena de perder o bonde da história e conseqüentemente o abandono de seus fieis.

O Estado também há que julgar com sabedoria fazendo prevalecer a lógica do bom senso.

Em situações de risco tanto para a mãe quanto para o bebe e situações traumáticas como é o caso dos estupros não há como nem porque se proibir o aborto. Pelo menos nesses casos deveria haver uma aceitação de ambas instituições. Estado e Igreja.

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