quarta-feira, 24 de março de 2010

Profissionais do sexo.

Garota de programa, rapariga, quenga, puta, michê, rameira, messalina, meretriz, são vocábulos utilizados para designar uma das profissões mais antigas da humanidade - a prostituição.


Mulheres que ganham a vida na horizontal vendendo prazer nos lupanares, a uma clientela heterogênea e que são obrigadas a satisfazer homens ou mulheres hetero ou homossexuais, noviços ou maduros, bêbados, pervertidos e toda sorte que procuram as mais variadas e exóticas fantasias sexuais.

Também se lhes atribui o título “Mulheres de vida fácil”. Onde está a facilidade?

O que há é uma legião de mulheres em todos os recantos do País, que militam nessa atividade, na clandestinidade, desassistidas e sem nenhum amparo social.

Há um debate nacional sobre a legalização da prostituição.

Lembro uma entrevista com uma deputada de Portugal defensora da legalização da prostituição.

Em certo momento da entrevista inverteram-se os papeis e a entrevistada perguntou à entrevistadora:

- Você tem vagina?

- Tenho!

- Você pode dar a sua vagina a quem quiser?

- Posso!

- Então, se pode dá-la, por que não vendê-la?

Pertinente a lógica da Deputada. Se você possui um bem deve ter o direito de dispor do mesmo a seu critério desde que não seja coagida a fazê-lo por coação.

Como esconder uma atividade que existe desde o tempo das cavernas.

A prostituição é admitida como sendo a profissão mais antiga do mundo.

Detesto moralismo e moralistas.

Só a hipocrisia abriga quem defende sua a proibição.

De um lado, permite-se a prostituição, do outro, proíbe-se a existência de prostíbulos. Ou seja, não é proibido uma mulher vender sexo à beira da estrada, onde o único cuidado com a higiene é um rolo de papel e sujeita a ser roubada, maltratada e violada. Mas é proibida a existência de casas licenciadas, onde as mulheres possam ser controladas pelos serviços sociais, de saúde e pela polícia.

Não tenho qualquer dúvida que grande parte das mulheres que vivem da prostituição preferia ter outra profissão.

Alguém acredita que é por amor que jovens lindíssimas de 20 anos namoram, casam e aceitam ir para cama com velhos milionários. Ou não será também outro tipo de prostituição, mais sofisticado, um modelo vip.

Numa época em que o sexo deixou de ser tabu, não percebo a relutância de alguns em admitir que pessoas o comercializem desde que o façam de livre vontade como acontece na Alemanha, Holanda e Suíça. Segundo pesquisa, na França, em cada grupo de 10 pessoas 6 aprovam a legalização numa campanha que vem sendo capitaneada pela Deputada Chantal Brunel.

Ao Estado cabe regulamentar a atividade de forma a proteger a saúde pública e evitar a exploração sexual e o tráfico de mulheres, e que elas não sejam exploradas por cafetãos e gangues criminosas, e também a fuga dos impostos de uma atividade altamente lucrativa.

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