domingo, 7 de março de 2010

O Exílio.

O exílio é a expatriação compulsória. È estar longe de sua própira casa.

A pena de Exiliium era considerada pelos Romanos como a pior que a pena capital.

Para eles estar em exílio significava ser levado à condição de um animal. O exilado não poderia usar água ou fogo na preparação dos alimentos, não poderia adentrar uma habitação que não a feita pelas próprias mãos e enquanto durasse o exílio não lhe era permitido falar com outro ser humano.

A Bíblia faz referência ao Exílio como o Êxodo que quer dizer “saída” reportando-se a saída dos israelitas do Egito.

A história registra um elenco incontável de personalidades que foram punidas com o exílio, via de regra por questões políticas.

Dante Aligieri, Napoleão Bonaparte, Albert Einstein, Sigmund Freud, Karl Marx, Perón, são personagens de projeção internacional que sofreram o exílio, também entre nossos conterrâneos desfilam o ex-presidente João Goulart, Ferreira Gullar , Caetano Veloso, Gilberto Gil e o paraibano e ex- Ministro da Justiça Abelardo de Araújo Jurema.

A propósito, por falar em Abelardo Jurema,o ministro, lembro-me um episódio que me foi narrado por seu filho meu particular amigo Jornalista Abelardo Jurema Filho.

O episódio narra um diálogo entre o famoso cartunista Ziraldo, fundador do Pasquim, um jornal não conformista editado à época do período revolucionário (1964-1984) e o não menos famoso maestro e compositor Tom Jobim.

Ambos estavam exilados em Nova York.

Mesmo numa cidade encantadora e glamourosa como Nova York, o exílio guarda o constrangimento do banimento e do desterro.

Ziraldo talvez lembrando-se da canção do Exílio de Gonçalves Dias:

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,


Não gorjeiam como lá.

 Não permita Deus que eu morra,



Sem que eu volte para lá;


Sem que desfrute os primores


Que não encontro por cá;


Sem qu'inda aviste as palmeiras,


Onde canta o Sabiá
lamentava:
- Tom preciso voltar pro Brasil.

- Que lamúria sem graça,cara. Você aqui em Nova York. Essa beleza de cidade. Que história é essa de voltar.

Ao que Ziraldo retrucou:

- É rapaz, aqui é bom, mas é uma merda. Lá é uma merda, mas é bom.

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