Os amigos Pinto do Acordeon e Piancó estão apresentando o programa radiofônico “Humor e Forró”.
A formatação do programa transfere uma atmosfera alegre, leve e agradável.
Os ingredientes são ricos atributos para o sucesso, histórias do cotidiano recheadas com o bom humor dos apresentadores e a beleza inebriante do verdadeiro forró. O forró autêntico, manifestação musical que representa a alma do nordestino, seus amores, seus pendores e seu destino.
Pinto e Piancó empunham, corajosamente, uma bandeira de luta em defesa da música de raiz, da música agregada à poesia sem artificialidade.
O programa é um libelo contra a falta de criatividade e imaginação demonstradas por “apeladores” que pretendem fazer arte sem o talento e a qualificação exigida para tal mister.
Sei que posso ser acusado de saudosista, mas como se pode classificar os absurdos e criações psicopáticas que estão sendo divulgadas como esses exemplos:
“Ado, ado, ado
Cada um no seu quadrado”
Ou a psicodélica:
“Chupa chupa que é de uva,
Tira a roupa e mostra o creu”.
Ou ainda o abominável:
“Rebolation é bom, rebolation é bom, bom, bom.
Bota a mão na cabeça que vai começar, rebolation é bom, é bom”.
Será uma forma de protesto da juventude nivelando por baixo ou um sinal dos tempos, um sinal da besta apocalíptica?
O homem civilizado, dotado de inteligência superior, tem capacidade para destruir o mundo como fez e está fazendo em relação ao meio ambiente. Da mesma forma incentiva e apóia manifestações de anti-cultura como as excrescências verborrágicas tocadas nas baladas.
Julgo tratar-se de um mergulho vertiginoso rumo à mediocridade, o Apocalipse now.
Nenhum comentário:
Postar um comentário