sábado, 17 de abril de 2010

Karol Wojtyla

Diz a sabedoria popular que Religião, Futebol e Política são três assuntos perigosos para se manter uma conversação.

Qualquer um dos três incita paixões e a paixão é companheira dos arroubos e exacerbações.

Outro dia num bate papo fui questionado com uma pergunta feito uma bala perdida: Quem foi o maior Papa do século?

Tentei desconversar primeiro porque ignorava como ainda ignoro que critérios deveria adotar para estabelecer um ranking papal. Segundo por que não conheço a história de muitos papas para formular um juízo de valor com a profundidade que tal responsabilidade exige.

Entretanto diante da insistência do grupo arrisquei um palpite não como um julgamento, mas como uma constatação.

No meu entendimento um Papa que realmente portou-se como líder da Igreja foi o Polonês de Wadowice Karol Józet Wojtyla que escolheu chamar-se João Paulo II.

Foi o primeiro Papa não italiano e o 262º sucessor de São Pedro.

Durante seu pontificado realizou uma peregrinação em centenas de países do mundo pregando o ecumenismo e o perdão e efetuando intervenções freqüentes em defesa dos direitos humanos.

Registre-se a “Homilia do Santo Pai Pedindo Perdão” referindo-se ao silêncio cristão às ofensas cometidas pelos filhos da Igreja no passado, uma menção explícita ao sofrimento dos judeus (Holocausto), a visita à Israel, sua oração no Muro das Lamentações, em Jerusalém, clamando por perdão e reconciliação.

Sempre estendeu a mão a todas as religiões do mundo dirigindo-se aos mais diversos grupos religiosos incluindo judeus, muçulmanos, budistas, e hindus pregando a aproximação das religiões monoteístas.

Apoiou a diversidade religiosa e o fim do preconceito religioso, do antagonismo racial e da xenofobia.

Visitou o Brasil por quatro vezes. Angariou a simpatia dos brasileiros com a frase: “Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca”.

João Paulo II sofreu um atentado na Praça São Pedro perpetrado pelo turco Ali Agca. Posteriormente visitou seu desafeto na prisão perdoando-lhe o abominável gesto.

Por seus atos e ações ficou conhecido como o “Papa do Milênio”, o “Atleta de Deus”.

O Sumo Pontífice teve um dos mais longos pontificados da história, 27 anos. Morreu, em Roma, aos 84 anos, no dia 02 de abril de 2005.

Não ouso afirmar que foi o maior Papa, mas garanto que foi o que mais me impressionou.

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