quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fidel.

A doutrina do determinismo histórico supõe os líderes como meros agentes das mudanças. As coisas acontecem por que tinham de acontecer.


O determinismo assume muitas formas, o marxismo, por exemplo, como o determinismo de classe, o nazismo o determinismo de raça.

Não creio que essa a doutrina possa obscurecer ou mesmo apagar idéia que o indivíduo pode mudar as coisas.

Houvesse Adolfo Hitler sido morto num dos atentados que sofreu, se Lênin tivesse morrido durante a Primeira Guerra Mundial, Winston Churchill houvesse sido assassinado em 1931 ou Franklin Roosevelt, em 1933, o século XX teria sido o que foi?

Certamente que não. Insisto que o homem pode mudar as coisas. É o livre arbítrio contrapondo-se à idéia do determinismo histórico.

Daí sobressai-se o papel dos líderes.

A liderança pode melhorar ou piorar a História.

Alguns líderes foram responsáveis por loucuras mais extravagantes e por crimes monstruosos como o líder do cangaço Lampião. Outros foram vitais em conquistas da humanidade, como liberdade individual, a tolerância racial e religiosa, a justiça social e o respeito pelos direitos humanos.

Que dizer de Fidel Castro neste contexto?

Por mais que se exponha ao crivo de seus contestadores não se pode negar o papel importante exercido pelo líder de Serra Maestra na luta pela independência política de Cuba.

Cuba amargara uma sucessão de desmandos administrativos e corrupção protagonizada sucessivamente por Fulgêncio Batista, Ramón Grau San Martin e Carlos Prío Socarrás. Novamente, por um golpe de estado, Batista retoma o poder. Cuba saiu de uma democracia corrupta para uma ditadura corrupta.

Em 1959 o poder em Cuba foi posto nas mãos de um grupo de jovens revolucionários liderado por Fidel agora com 32 anos de idade.

A revolução Cubana não transformou apenas a estrutura política econômica de Cuba, mas também mudou o padrão de vida da população. Afetou profundamente alguns aspectos da vida cubana, como a pobreza, a saúde pública e o analfabetismo alterando radicalmente o quadro deprimente instalado.

Fidel fez da educação uma das mais importantes prioridades revolucionárias.

A saúde foi outro aspecto que melhorou notavelmente depois da revolução.

A expectativa de vida dos cubanos elevou-se de 57 anos, para 73,5 anos entre 1958 e 1983. Registrou-se uma enorme queda nos índices de mortalidade infantil.

Para não dizer que tudo foi flores no período revolucionário a principal deficiência da Revolução foi a falta de liberdade política.

Após 49 anos no poder, em 19 de fevereiro de 2008, Fidel Alejandro Castro Ruz, renunciou o cargo de presidente de Cuba e à chefia do Partido Comunista Cubano sendo sucedido por seu irmão mais jovem Raúl Castro.

A história julgará sua liderança.

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