sábado, 10 de abril de 2010

A política.

O homem é um animal político – Aristóteles.


A política é uma atividade onipresente em toda sociedade e surge sempre que está em jogo interesses quer do indivíduo quer da coletividade.

Portanto se faz política em casa, no trabalho, nas associações, nos clubes sociais, nos sindicatos, nas igrejas, nas cidades e nas nações.

Os ingredientes da política envolvem sofisticados e complexos componentes, principalmente aqueles que se referem ao comportamento do homem no contexto social.

A inteligência, a perspicácia, o convencimento, a eloqüência, a erudição, a prudência, são atributos de importantes para seu exercício.

Infelizmente há que se reconhecer que nem tudo na política é virtude.

Nódoas existem que tiram o brilho daqueles que dela participam.

Já se disse que na política o feio é perder. Por ai se pode imaginar quantas artimanhas e artifícios não republicanos são utilizados neste mister.

Nela desfilam, lado a lado, um caleidoscópio composto dos mais sórdidos e inescrupulosos ardis.

A falsidade, a mentira, o engodo, a traição e a chantagem são expedientes muito a gosto dos políticos profissionais, com raras exceções.

Na política o fim justifica os meios.

A regra geral é utilizar-se de meios degradantes, fraudulentos e escusos para alcançar os objetivos e da “Lei de Gerson” de levar vantagem em tudo.

Não é de hoje que esta sombria realidade faz parte da política.

A Política sempre foi uma atividade que abrigou ilícitos.

Casos de corrupção e fraudes na política são mais velhos que a Sé de Braga como dizem os portugueses.

Vieira já dizia que os governadores “chegavam pobres às Índias ricas e saiam ricos das Índias pobres”.

Vejam-se os exemplos de traição ocorridos na época do Império Romano.

O que se constata é que as canalhices outrora ocorriam em doses homeopáticas, atualmente a prática é uma constante chegando a se tornar uma epidemia.

Agora a big word como dizem os gringos é a corrupção.

As últimas ocorrências dos mensalões, do dinheiro na cueca, fraudes e mais fraudes tiram o brilho dos que da política participam conferindo-lhes baixos índices de credibilidade.

A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Universidade de Brasília (UnB) realizaram uma pesquisa em âmbito nacional e constataram os seguintes índices sobre a desconfiança da sociedade nas instituições:

81.9% não confiam em político;

83.1% não confiam na Câmara Federal;

80,7% não confiam no Senado Federal;

75,9% não confiam nos partidos políticos;

54,4% não confiam no Governo Federal.

Dados alarmantes. Observe-se que apenas 18% da população ainda reservam algum crédito aos políticos brasileiros.

Diante desta constatação, perplexo, olho para o futuro e sinto uma falta de chão. Fica a pergunta qual a perspectiva de mudança?

Nenhum comentário:

Postar um comentário