Em outubro vindouro deveremos escolher, por via direta, novo Presidente da República, novos governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
Trata-se da maior e mais importante obrigação política do cidadão.
A eleição deveria ser simplesmente um ato de cidadania onde, por nossa livre e espontânea vontade, iremos outorgar um mandato a uma pessoa para administrar os bens da sociedade ou para nos representar nas casas legislativas.
Deveríamos nesse ato separar o joio do trigo e escolher as pessoas com melhores atributos para exercer uma determinada função pública.
Lamentavelmente esta escolha é extremamente difícil considerando a desqualificação do universo de postulantes e principalmente os vícios e bandalheiras envolvidas no processo e nas atividades políticas, de corrupção generalizada, quase endêmica, envolvendo fraudes, estelionato, falsidade ideológica, compra de votos, e outros tantos delitos penais.
Multiplica-se a dificuldade considerando-se que uma parcela significativa dos eleitores é analfabeta e conseqüentemente mais vulnerável ao assédio dos políticos inescrupulosos. A deseducação gera a desinformação e a alienação.
Atribui-se ao saudoso Tancredo Neves a seguinte comparação: “Política é como nuvem. Olha-se, ela está num determinado lugar e com um determinado formato. Desvia-se o olhar por um minuto que seja e quando se volta já encontramos novo cenário e novo formato.
A julgar pelo cenário atual, para as eleições majoritárias no plano federal, a escolha deverá ser polarizada entre o pré candidato José Serra e Dilma Roussef.
No plano estadual a disputa deverá ser concentrada entre os pré candidatos José Maranhão (disputando a reeleição) e Ricardo Coutinho.
Em ambos os casos nossas chances de escolher a pessoa melhor qualificada são limitadas, afinal os candidatos são pessoas alinhadas a uma filosofia política cujas premissas se baseiam no é dando que se recebe, uma mão lava a outra, para os amigos a lei, aos inimigos os rigores da lei e ainda são atreladas a um entourage cujos currículos não são muito recomendáveis.
É preciso tomar muito cuidado com as promessas enganosas. Com as falácias tipo PAC -Plano de Aceleração do Crescimento, agora com nova versão. Segundo anunciava o Governo Lula, através desse plano, teríamos, em pouco tempo, resolvido praticamente todos os problemas nacionais: saúde, educação, segurança, energia, transportes, moradias e tantos outros. Dois anos depois o que se viu é que apenas 11% das ações foram realmente executadas, segundo registro no site Contas Abertas que acompanha o andamento do PAC.
Para as eleições proporcionais dobram-se os encantos. As opções assemelham-se em escolher o que é melhor cair do 20º ou do 15º andar.
Resta-nos meditar para errar menos e escolher o menos ruim.
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