Abra o jornal.
Leia a manchete. Leia o editorial. Leia os colunistas. Consulte os classificados se tiver algum interesse.
Pronto.
Tudo que você leu é verdadeiro?
Isso depende.
Você tem que entender o que está por traz da notícia.
Isso é um assunto muito complexo e delicado. Você tem que conhecer as relações e principalmente, as linhas de interesse entre o dono do jornal e as pessoas ou grupos econômicos vinculados à notícia que está sendo veiculada.
As notícias impressas muitas vezes são falaciosas.
A linha editorial do jornal pode estabelecer sutilmente que você pode escrever sobre o que quiser desde que respeite tais e tais compromissos políticos ou econômicos.
O articulista tem ampla liberdade de expressão, todavia não pode nem deve fazer críticas sobre assunto conflitantes com os interesses econômicos do jornal. A liberdade de imprensa é condicionada.
Portanto você deve tomar certas precauções e não acreditar piamente em tudo que está impresso.
Sem contar com certas artimanhas que são utilizadas para “criar” notícia.
Certa vez presenciei um episódio envolvendo um executivo Rio-grandense do Norte, diretor do Departamento Estadual de Estradas, e um jornalista, que traduz um ardil malicioso para “criar” a notícia.
O Major Walter, era esse seu nome, reclamava de uma notícia inverídica noticiada envolvendo o órgão público sob sua direção e exigia uma reparação.
O jornalista desculpou-se e arrematou.
Major, ontem estava sem uma notícia de interesse público para fechar minha coluna e inseri essa matéria. Hoje o senhor rebate, com toda razão, e me propiciou outra notícia. Fique tranqüilo.
Com se vê, há que se precaver para não comprar gato por lebre.
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