sábado, 31 de outubro de 2009

Um tiro no pé.

Um tiro no pé.


Esta semana, Sérgio Galo, exímio baixista de invejável talento foi mais uma vítima da violência urbana.

Ele e sua família foram assaltados, humilhados e torturados.

Esse episódio está se tornando corriqueiro no noticiário televisivo e outros meios de comunicação. Todo dia, invariavelmente, registra-se um assalto e outros tipos de delitos contra o cidadão. Está se tornando tão vulgar que em breve não causará impacto nenhum.

A origem desses distúrbios sociais é de fácil compreensão.

Assim como a sociedade inadvertidamente permitiu a degradação da natureza, poluindo as águas do planeta, devastando as matas, também, irresponsavelmente, sem uma visão de futuro, permitiu a concentração de riquezas gerando o empobrecimento e por via de conseqüência, as mazelas sociais.

O descaso e a falta de compromissos com as gerações futuras produziram uma sociedade ensandecida e submissa aos interesses dos marginalizados.

A violência urbana cada vez mais crescente transforma as cidades em uma bomba relógio prestes a explodir.

A tendência é que a ordem social bem como a liberdade de ir e vir, a instituição da família, o respeito ao patrimônio e aos direitos dos cidadãos, dentro em breve assumirá novo formato sob o império da marginalidade.

Não haverá nem joio nem trigo. Prevalecerá a lei do mais forte e o mais forte até prova em contrário está do outro lado da fronteira. São as legiões dos fora da lei.

Vamos nos posicionar no centro de um furacão.

Os efeitos da marginalidade restringiam-se outrora às grandes cidades. Atualmente não há limites geográficos, nem populacionais. O crime impera em qualquer instância tanto nos grandes centros como nas pequenas localidades.

Esta é a situação imposta ao cidadão brasileiro submetido aos dissabores e aos percalços do cotidiano.

Sem querer o homem deu um tiro no pé e cavou sua própria sepultura.

Não me surpreenderá se bandidagem organizada, de repente, passar a cobrar um pedágio pela vida e pelo ar que respiramos.

Quem viver verá.

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