terça-feira, 27 de outubro de 2009

Prestígio e poder

Imagino a atividade episcopal, aliás, como qualquer outra religiosa fora do mundo laico, como uma atividade que subtende a humildade, o amor ao próximo e a resignação. Afinal, não foram esses os grandes ensinamentos de Cristo?

Não apregôo, entretanto, a passividade, o laisser faire laisser passer, oferecer a outra face. A Igreja da atualidade requer um entendimento ecumênico e atitudes de vanguarda. Porém uma coisa não invalida a outra. O sacerdote ao se preocupar com sua comunidade há que ter em mente, primeiro, os compromissos doutrinários do cristianismo. Não é o que ocorre, por exemplo, com nosso atual bispo Dom Aldo Cillo Pagotto.

Sua Excelência Reverendíssima tem demonstrado à comunidade cristã paraibana, com palavras e atos, que está muito mais preocupado com sua imagem do que com as obrigações impostas pelo seu alto e importante cargo. Passa-nos, com seu comportamento reprovável, a idéia de que exercita o culto da personalidade. Esquece que um dos maiores atributos de Jesus era a humildade.

Desde que iniciou suas atividades eclesiásticas, em nossa cidade, que prefere envolver-se em temas polêmicos de origem política de preferência, o que o mantém no foco da mídia, ao invés de ocupar-se do seu rebanho e de sua Igreja cada vez mais deserta, ou ainda acobertar atos condenáveis como o abominável crime de pedofilia praticado por alguns de seus membros, fato amplamente divulgado pela imprensa internacional.

Por que preocupar-se, por exemplo, com a indicação de um padre para um cargo público como é o caso de sua reação contra Frei Anastácio quando postulava a superintendência do INCRA?

Qual o objetivo de sua Excelência Reverendíssima ao envolver-se em temas que não lhe dizem respeito senão uma estratégia apologética de quem tem sede de prestígio e poder?

Dom Aldo, com todo respeito seja mais autêntico e cuide de suas almas

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