quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A questão da Educação

O Sr. Silvio Geremia é um pequeno industrial em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Fabrica equipamenjtos para extração de petróleo. Uma atividade que utiliza tecnologia de ponta e muita pesquisa.
Para sobreviver nesse nicho de mercado concorrendo com empresas dos Estados Unidos e Canadá necessita de um quadro de pessoal altamente quaalificado. Assim implantou como estratégia, na sua empresa, um programa de custeio da educação, em todos os níveis, para todos os funcionários de sua empresa.
Muito bem se não fosse o entendimento de fiscais do INSS que estão lhe autuando entendendo que os cursos oferecidos aos seus obreiros são salários indiretos e portanto sujeitos ao pagamento de impostos da contribuição social.
Os fiscais do INSS entendem que o Sr. Geremia deve recolher à Previdência a contribuição sosbre os valorespagos aos estabelecimentos de ensino frequentados pelos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa obrigando-o a pagar a quantia de R$28.000,00.
Aqui em João Pessoa a Prefeitura construiu um belo edifício cognominado Estação Ciência onde foram investidos cerca de 35 milhões de Reais.
Em que pese a beleza arquittetônica da edificação e o prestígio do autor do projeto (Oscar Niemeyer) questiona-se a prioridade do investimento diante das reais necessidades da urbe.
Os dois exemplos caracterizam um fato constatado no dia a dia da administração pública. Primeiro a indiferença da própria sociedade com relação à educação.
Segundo a inversão de valores verificada na gestão da coisa pública.
Há uma relação biunívoca entre osd dois fatos. Um encoraja o outro.
Isto é, o administrador público elege osupérfluo em detrimento do substantivo por força da equivocada visão da sociedade que aplaude a obra de pedra e cal e vê com desdém os investimentos em cultura e educação, como nossos indígenas que se deliciavam com as quiquilharias e penduricalhos. A lógica do círculo vicioso.
A sociedade se alimenta do supérfluo. Reconhece e aprova as obras de fachada e vê sem muito entusiasmo os esforços reservados às ações voltadas para a melhoria do ensino, por exemplo.
A miopia coletiva impede e desestimula o ordenamento das prioridades estabelecidas a partir daquilo que realmente é importante para o desenvolvimento social.
A consciência coletiva é estereotipada e burra.
A solução não é fácil, mas passa, sem dúvidas, pela ruptura desse circulo vicioso. O grande desafio que se enfrenta é como alcançar este objetivo.
Há que se estabelecer mudanças sobretudo no comportamento do homem.
Volta-se a questão inicial: é uma questão de cultura, de responsabilidade social, de espírito público.

Um comentário:

  1. meu jovem amigo ; espero que o descaso que aconteceu com o espaço cultural passe longe do belo edficio. maria julia

    ResponderExcluir